Consolo Na Praia

Carlos Drummond de Andrade
Vamos, não chores.
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.
O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.
Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis carro, navio, terra.
Mas tens um cão.
Algumas palavras duras,
em voz mansa, te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizam.
Mas, e o humour?
A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.
Tudo somado, devias
precipitar-te, de vez, nas águas.
Estás nu na areia, no vento...
Dorme, meu filho.

Drummond como sempre fantástico!

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Pequenos gestos geram grandes mudanças

As mudanças são tecidas de pequenos gestos. Hoje, 1º de dezembro, é um dia marcante, não apenas por ser o Dia Mundial de Luta contra a Aids, mas também por Rosa Parks ter iniciado nesta mesma data há 54 anos a luta contra a segregação de brancos e negros no Estados Unidos. Ela se negou a ceder o seu banco no ônibus para um branco. Esta ação gerou grande repercussão. Gerou boicote ao transporte coletivo que priorizava lugares para brancos.
Rosa Parks foi presa por não submeter-se mais às leis de segregação. A sua decisão foi pautada nas reflexões da Associação Nacional pela Promoção das Pessoas de Cor (NAACP, na sigla inglesa), que lutava contra a segregação. Rosa ganhou muitos apoiadores. Milhares de trabalhadores negros passaram a caminhar quilômetros a pé até chegar às fábricas. O gesto de Rosa Parks ficou conhecido por toda Montgomery, no Alabama, o que resultou no envolvimento de toda a comunidade. Um exemplo foi o jovem pastor de Montgomery, Martin Luther King, que incentivou o boicote.
Como podemos perceber as maiores mudanças primeiramente acontecem nas ruas, depois se transformam em leis. As mudanças que precisam ser feitas têm que partir de pequenos gestos como de Rosas Parks, da coragem de dizer não. Para mudar os números da Aids também vamos ter que começar a mudar nosso comportamento, não apenas no quesito preventivo, mas principalmente no quesito afetividade porque a doença mata menos que a solidão em que o portador do vírus acaba submetido pela sociedade.
Rosa morreu em 2005, mas sua lição continua viva. Vamos dizer não com mais frequência as injustiças!

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Violência física atinge 40% das mulheres da América Latina, diz Cepal


Um estudo da Cepal (Comissão Econômica para América Latina e Caribe) divulgado nesta terça-feira indica que até 40% das mulheres da região são vítimas de violência física e, em alguns países, o índice de violência psicológica chega a cerca de 60%.
De acordo com o organismo, a violência física sofrida pelas mulheres vai "desde pancadas até ameaças de morte, acompanhadas por forte violência psicológica e muitas vezes também sexual".
Quarenta e cinco por centro declararam ter recebido ameaças de seu companheiro e entre 5% e 11% das mulheres disse ter sido vítima da violência sexual.
O estudo destaca que na Colômbia e Peru, por exemplo, a violência psicológica supera os 60%. Já na Bolívia e México este indicador chega a quase 40%.
No levantamento, foram consideradas vítimas de violência psicológica mulheres que sofrem insultos e humilhações ou cujo parceiro exerce controle excessivo sobre seus horários e seus contatos sociais.

Brasil

O estudo se concentrou, principalmente, naqueles países que nos últimos tempos realizaram pesquisas especificas sobre a violência física e emocional contra a mulher em suas regiões. Entre eles estão: Paraguai, Bolívia, Chile, Peru, Equador, Colômbia, Costa Rica e Haiti, entre outros.
O Brasil é pouco citado no documento. No capítulo violência física, quando são lembrados dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a saúde da mulher e a violência doméstica em 2005, a Cepal diz que, no Brasil, 10% das mulheres da área urbana e 14% da área rural sofrem violência sexual.
O organismo também informa, sem entrar em detalhes, que o país aprovou seu primeiro plano de combate a violência contra a mulher.
Na apresentação do documento, a secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena, afirma que "erradicar a violência contra a mulher deve se converter num objetivo central das agendas públicas, já que se trata de um problema de direitos humanos e é um obstáculo para o desenvolvimento do país".
Ela defendeu que os Estados adotem “proteção jurídica, políticas públicas e a cultura do respeito” para reverter a violência contra as mulheres na região.

Fonte: Último Segundo

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Negritude: ainda falta consciência e sobra luta


Nariz largo, olhos amendoados, queixo proeminente, lábios salientes estes são alguns detalhes que compõem a face da primeira brasileira, a Luzia, moradora de Lagoa Santa (MG). Passados mais de 11.500 anos, os traços de Luzia continuam a moldar muitos semblantes. Em qualquer região do Brasil se deparará alguém com traços negróides. Talvez, encontre este alguém ao se olhar no espelho, mesmo sem consciência da ancestralidade afro, as evidências estão na cara.

Luzia é um caso de estudo científico, o achado arqueológico de Walter Alves contradisse a teoria que os primeiros moradores desta terra teriam sido os mongolóides, ancestrais do índio brasileiro e latino americano. Não se sabe ao certo quem aqui chegou primeiro, mas o brasileiro deveria saber que tem muito mais do negro e do índio do que imagina. Na Bahia, por exemplo, 78,8% da população são de negros, no Amazonas, 78,3% e no Amapá 78%.

Às vezes, a pseudo-supremacia européia ofusca e suprime os costumes que deveriam ser valorizados. Hoje, 20 de novembro, dia da Consciência Negra, secretarias de educação e cultura organizaram algumas e quase irrisórias ações. São mostras culturais com roda de capoeira, cartazes com detalhes de obras de arte africanas, outros com divindades e outros com pratos típicos. Também têm alguns colégios, entidades e instituições que montaram espetáculos de danças no ritmo dos tambores africanos.

O ritmo da África deveria ressoar com mais frequência neste território que foi desenhado por mais de 10 milhões de mãos vindas diretamente do continente africano. Ações que promovem a valorização e a inclusão da cultura africana em nosso cotidiano deveriam ser constantes. Algumas medidas governamentais já foram tomadas como a aprovação da Lei 10.639/03, que estabelece a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira e africana na Educação do Ensino Fundamental e Médio. No entanto, muitos professores desconhecem o assunto e os núcleos de educação também não trabalham para a verdadeira efetivação da lei.

As cotas raciais nas universidades, concursos públicos são muito criticadas, mas elas não seriam necessárias se os negros e negras não vivessem excluídos, se o modelo de cidadania proposto pela Constituição Federal tivesse nesses 20 anos se efetivado. Mas, nesse processo de conquista e independência ainda há muito a se fazer. Negros e brancos ainda não foram alforriados na totalidade. Enquanto a segregação for velada será preciso criar leis para garantir os direitos básicos. Talvez, algum dia nenhuma pessoa seja mais julgada pela sua origem racial e sim pela sua conduta.

Mas, enquanto isso as desigualdades tem que ser combatidas como está: “a remuneração média de trabalhadores brancos foi 90,7% maior que a de pretos e pardos em setembro, último dado disponível, aponta estudo do economista Marcelo Paixão baseado na Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, que reúne dados sobre as seis maiores regiões metropolitanas do País. Desde o início da crise econômica global, o auge da desigualdade entre os dois grupos no mercado de trabalho tinha sido registrado em fevereiro, quando a renda dos brancos era 102% superior” (Último Segundo). Realmente ainda há muito que fazer. E o espírito guerreiro de Zumbi tem que persisti por no mínimo mais 120 anos. Quem sabe daqui a um século as coisas estejam um pouco diferente e os princípios da Constituição sejam palpáveis a todos.

Foto: site UOL


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Constrangimento de um observador

O tempo todo somos observados. Não estou falando da invasão de câmeras filmadoras das empresas de segurança, nem dos celulares com suas supercâmeras. Nada disso! Reporto-me a um velho hábito, o de observar.


Um barulho diferente na rua e todos correm até a janela. Quem passa pela Ponta Grossa não se dá conta de quantos olhos velam a rua. O motivo de tantos olhares procurando o “o quê” aconteceu, é por causa de uma viatura da Rotam, que chegou quebrando a rotina. São cinco soldados, três da Rotam e dois da PM. Eles entraram na academia de dança. O que houve? Um furto? Um assalto? Uma briga por ciúmes? Estão cumprindo um mandado de prisão? Não sei. Ninguém sabe.

A rua vai ganhando mais curiosos. Alguns aceleram o passo, desviam, outros ficam parados do outro lado observado tudo. Os Pm’s saem da academia. Parece procurar algo, alguém... Hum.... Conversam com algumas pessoas e finalmente aborda um menino que observava tudo quase estático. Será que foi ele o dono da travessura, da transgressão, malcriação? Ah, desculpa soldados, mas me respondem por quê abordaram justamente o menino de calça jeans largada, tênis “normalzinho”, camiseta regata branca e pele parda? O suspeito tinha essas características? O que houve? Ou agiram diante de pura intuição, do preconceito e da imagem do negro bandido? Tanta gente ali e o suspeito era o menino?

Olha, desculpa, a visão fica meio comprometida daqui do alto, mas o guri não tinha cara de bandido, tinha cara de quem estava de bobeira. E também precisava dos cinco PM’s para fazer a revista em um piá magrelinho? Gente, era constrangedor, qualquer um tremeria as pernas em se ver revistado por um PM e mais quatro ao seu lado ajudando. Foi tenso e constrangedor para o menino, que resolveu parar para observar a ação da PM de perto. Imagino que deve ter chegado a sua casa em estado de choque, se tinha mais algum compromisso, deve ter esquecido. O jeito é observar de longe, de uma janela e documentar tudo. O fato foi documentado, mas ainda não sei se devo postar a foto, de repente algum soldado venha a discordar e ai quem entrará na mira sou eu.

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Não compreendo certas coisas

Nunca compreendi certas coisas. Talvez, não compreendo pela minha falta de vivência. Mas creio que não viverei o suficiente para compreender estas e tantas outras coisas. Não consigo encontrar uma resposta sensata para as ações como a da ex-presidente sérvia da Bósnia Biljana Plavsic, libertada, nesta terça-feira (28/10), após cumprir seis anos de prisão por perseguir croatas e muçulmanos durante o conflito na ex-república iugoslava.

Plavisc se refere aos muçulmanos como “defeito genético” em um corpo sérvio. Junto a “Dama de ferro bósnia” está Karadzic, que está sendo julgado em Haia (Holanda) por crimes de guerra, e Ratko Mladic, foragido que também é procurado por crimes contra a humanidade. Esses nomes, na verdade, me soam estranhos. Passei a conhecê-los faz pouco tempo. Preferia não ter conhecido porque associados a eles estão vidas que foram dizimadas por traços genéticos, posicionamento político e religioso. Bom, esses são os argumentos. Para mim, isto não é argumento para suprimir alguém.

Outra coisa que não consigo entender são os ataques freqüentes da Al Qaeda, que se intensificaram nas últimas semanas. Em um dia um carro bomba explode e mata 80 pessoas e deixa dezenas de feridos e mutilados, no outro, penso que se trata do mesmo caso, mas não, é outro, e se vai mais 80, 90, 100 vidas por causa de uma nova explosão. Desta vez foi perto de um mercado freqüentado por mulheres em Peshawar, no Paquistão. No Afeganistão, os ataques também são constantes. Estes são os que estão na mídia.

Ah, não podemos esquecer os conflitos étnico-religiosos em países africanos. Será que é mesmo a aparência que tanto importa? Serão que é a cor dos olhos, da pele, o formato do nariz? Temos um ancestral comum, sentimentos e racionalidade que nos “diferenciam” dos demais seres vivos e um fim comum também: a morte. Por que, então, a maldade prevalece em tantos corações? Poxa, quero um dia viver em um lugar onde as pessoas são julgadas pelo o que elas são e não por sua origem étnica.

Me indigno também em ter um governador que diz que o câncer de mama em homens é causa das passeatas gays. O preconceito está enraizado em toda a sociedade, e aparece em formas de piadinhas desdenhosas e seguem de geração para geração. Esta é uma parte da história que não me importo se não registrarem nos livros. Desejo que desapareça do inconsciente coletivo e de qualquer registro escrito. Eu quero esquecer toda essa mediocridade.

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NÃO DEIXE O AMOR PASSAR

Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.

Se os olhares se cruzarem e, neste momento,houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.

Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.

Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente: O Amor.

Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR.

Carlos Drummond de Andrade

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Jesus caminhou sobre as águas, o monge quase conseguiu

Hoje de manhã no site UOl tinha uma pequena matéria que trazia o seguinte: “Shi Liliang, 33 anos, monge de um templo budista, corre sobre a água usando seus conhecimentos de Shuishangpiao, baseado nas artes marciais chinesas. O religioso conseguiu percorrer uma distância de 18 metros em um reservatório em Quanzhou, na província de Fujian (China)”.

Minutos depois em outro portal da net, o IG, encontrei o seguinte: “Apesar de parecer que o monge caminha "milagrosamente" sobre a superfície de um reservatório na província de Quanzhou, Shi Lilian, na verdade, usa uma técnica de enfileirar tábuas de madeira para dar a impressão de que a caminhada é possível.

Na primeira vez que olhei a foto fiquei desconfiada, aonde já se viu: caminhar sobre as águas?! Só podia não ser real. Tudo bem que eu nem com a madeira ficaria suspensa na água. O fato tem lá sua singularidade, mas não é igual consta no Evangelho de Mateus 14; 22.




Fotos: reuters

Trecho da Bíblia online do versículo que relata a passagem.
Mateus 14
22 E logo ordenou Jesus que os seus discípulos entrassem no barco e fossem adiante, para a outra banda, enquanto despedia a multidão.
23 E, despedida a multidão, subiu ao monte para orar à parte. E, chegada já a tarde, estava ali só.
24 E o barco estava já no meio do mar, açoitado pelas ondas, porque o vento era contrário.
25 Mas, à quarta vigília da noite, dirigiu-se Jesus para eles, caminhando por cima do mar.
26 E os discípulos, vendo-o caminhar sobre o mar, assustaram-se, dizendo: É um fantasma. E gritaram, com medo.
27 Jesus, porém, lhes falou logo, dizendo: Tende bom ânimo, sou eu; não temais.
28 E respondeu-lhe Pedro e disse: Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo por cima das águas.
29 E ele disse: Vem. E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus.
30 Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me.
31 E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o e disse-lhe: Homem de pequena fé, por que duvidaste?
32 E, quando subiram para o barco, acalmou o vento.
33 Então, aproximaram-se os que estavam no barco e adoraram-no, dizendo: És verdadeiramente o Filho de Deus.
34 E, tendo passado para a outra banda, chegaram à terra de Genesaré.
35 E, quando os homens daquele lugar o conheceram, mandaram por todas aquelas terras em redor e trouxeram-lhe todos os que estavam enfermos.
36 E rogavam-lhe que, ao menos, eles pudessem tocar a orla da sua veste; e todos os que a tocavam ficavam sãos.

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Cola com cuspe?!

A sala de aula é um espaço interessante e de muita criatividade. Muitos descobrem habilidades que nem imaginavam que tinham, outros entram com a certeza que revolucionarão o mundo e tem aqueles que vão porque são obrigados pelos pais. É um encontro de diversidade, e o professor um mestre em contornar situações inusitadas.

Certo dia ouvi de uma educadora uma de suas quase proezas em sala. Bom, foi um feito momentâneo. A mulher jovem, de cabelos loiros e longos, começou a falar de sua rotina com os seus alunos do ensino fundamental. Ela estava sentada em um banco de madeira no corredor de uma faculdade, enquanto aguardava o horário para entrar e fazer um novo vestibular, dessa vez, para história. A vida de pedagoga já estava cansativa, segundo seus relatos.

Um dia, no contraturno, a atividade com os alunos seria de artesanato, eles fariam cestas com canudinhos de revistas e jornais. Porém, não tinha cola. “Um aluno disse: cola com cuspe, e foi isso que fizemos”. A ideia funcionou na hora, mas no outro dia todo o trabalho feito pelas crianças havia sido perdido. Os canutilhos se abriram. “Mas o quê eu iria fazer durante uma tarde toda com aquelas crianças? Tinha que inventar. No outro dia, levei a cola que comprei com o pouco que ainda restava do meu salário e aí conseguimos concluir as cestas”.

No mundo das crianças, as soluções são simples. A falta de cola não foi motivo para cara fechada e tão pouco para ficar ocioso, foi motivo de descontração, não sabiam que saliva colava. Mas isto não é coisa de se aprender na escola, cestas de canudinhos de jornal são feitas com cola e com não cuspe.

Da próxima vez que ouvirem algum desaforado dizer que vão ter que colar algo com cuspe, eles não saberão que não passa de uma brincadeira, acrescentarão que já colaram até uma cesta inteira. Tudo bem que a cesta se desfez com o pôr do sol, horas depois de a porta da sala ser fechada pela professora, que ficou surpresa com a atitude do aluno e decepcionada com o Estado que se propôs a instalar ensino integral e não ofereceu o mínimo, como uma cola.

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Câncer de mama: até o Cristo Redentor ficou rosa por esta causa


O mês de Outubro este ano está diferente porque além de corresponder ao décimo mês do calendário também ganhou mais cor, precisamente o rosa. Este toque de feminilidade tem por objetivo despertar as mulheres a fazer o diagnóstico precoce do câncer de mama. Atualmente, o câncer é uma das doenças mais agressivas ao corpo feminino.

Segundo a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) para o Brasil em 2008 era de 49 mil casos, com um risco estimado de 51 a cada 100 mil mulheres. Ainda de acordo com o Inca, o câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais freqüente no mundo e o mais comum entre as mulheres. A cada ano, cerca de 22% dos casos novos de câncer em mulheres são de mama.

Conforme dados da American Cancer Society, cerca de 1,3 milhão de mulheres no mundo são diagnosticadas com câncer de mama anualmente, e 465 mil morrem por causa da doença. Em âmbito mundial, o câncer de mama já causou 7 milhões de mortes. Por isso, neste mês, instituições ligadas à prevenção do câncer de mama no mundo todo estão realizando ações para diminuir os índices. As atividades têm o intuito de conscientizar as mulheres da eficácia do diagnóstico precoce.

Uma grande aliada da mulher para detectar a doença é a mamografia, além do exame de rotina do toque da mama, que ajuda a identificar possíveis nódulos. O Ministério da Saúde recomenda o exame mamográfico, pelo menos a cada dois anos, para mulheres de 50 a 69 anos e o exame clínico anual das mamas, para mulheres de 40 a 49 anos.

Uma pesquisa feita pelo Grupo Brasileiro de Estudos do Câncer de Mama revela à diferença de tratamento de mulheres com câncer de mama em hospitais públicos e privados. O estudo concluiu que em relação ao diagnóstico da doença 36% das mulheres atendidas em hospitais públicos descobriram o tumor em estágio avançado, contra 16% nos serviços privados.

O Movimento Outubro Rosa foi lançado esta semana. O Cristo Redentor aderiu à causa e por dois dias ficou rosa, cor símbolo mundial do movimento. Durante o mês, outros monumentos públicos ganharam um toque especial.

• Mulheres, não se esqueçam de consultar o seu médico e nem de fazer o auto-exame. E você mocinho, não deixe sua mulher esquecer o auto-exame e nem da mamografia.
• Quem ama cuida. Quem se ama se cuida. Quem ama gosta de viver bem e ver o outro bem.

Os dados são do Inca e do IG

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Por que as mulheres fazem sexo?


Marcelo Carneiro da Cunha

Pois não é que o mundo conspira? Bem na hora que sai um livro que finalmente explica a misteriosa razão por trás da decisão que cada mulher toma na hora em que resolver que agora vai, o G-7 vira G-20, um tufão acerta em cheio a Indonésia, o mundo sacode e o Brasil vira sede das Olimpíadas de 2016 com o Lula chorando em todas as primeiras páginas, universo a fora.

O resultado é que o que era para ser o grande assunto da semana, do mês, da década, capa da Veja com alguma manchete esculhambando com o Lula (afinal, para a Veja, a culpa por tudo que se move sobre a Terra, sempre é de quem mesmo?), o enorme assunto e a revelação que finalmente trouxe alguma luz para esse mistério que nos persegue há séculos, passou despercebido.

Até agora. Porque, na solene tradição dessa coluna, de sempre, mas sempre mesmo trazer a todos o que realmente importa, vou aqui e em público revelar a resposta para um mistério tão, mas tão incompreensível que deixa os de Fátima no chinelo. Portanto, por favor, removam as crianças da frente desse site e aqui vai:

Por que as mulheres fazem sexo

O livro é dos pesquisadores Cindy Meston e David Buss, e segue a norma mundial das publicações de pesquisas sobre mulheres: a) tenha sempre ao menos uma pesquisadora na turma e b) tenha vários PH.D antes de falar qualquer coisa sobre um tema tão explosivo. O livro reúne ambas condições, e portanto, pode ser lido sem maiores temores.

Se chama "Why women have sex - understanding sexual motivations, from adventure to revenge, and everything in between" e nos tranquiliza ao nos informar que existem 237 razões pelas quais as mulheres fazem sexo.

Caramba! E nós que pensávamos que havia uma, apenas uma, nada mais do que uma, e era a única e se chamava AMOR!! Não vinha daí a superioridade das mulheres sobre os homens? Enquanto a gente fazia sexo pelos motivos mais baixos entre os baixos, de acordo com a nossa natureza selvagem e promíscua de seres inferiores, as mulheres transavam por amor. Se isso não é verdade, se mais esse mito foi por água abaixo, mas o que nos resta?

237! Isso parece um Kama Sutra motivacional, minha gente. Eu nunca acreditei no Kama Sutra. Nunca me pareceu razoável que alguém se dispusesse a se colocar na posição "lótus enfia o dedo do pé na narina da amada" sem sair disso com a alma abandonando o corpo e a lombar em frangalhos. Eu sempre calculei o número total de posições como algo entre duas e cinco, sendo que pelo menos três delas me pareciam nada mais do que exagero de adolescentes. Agora me informam, e eu obedientemente repasso a todos os leitores da coluna, que as mulheres têm 237 motivos para fazer sexo. Que a minha avó Jovita jamais saiba disso.

Basicamente, se eu entendi o que o livro diz, as mulheres são seres frios e calculistas e que fazem sexo pelos motivos mais interesseiros do planeta.

Elas transam pra ganhar um emprego ou para processar o chefe na seqüência. Para assegurar uma boa carga genética para o pimpolho, ou para assegurar uma boa barriga de tanquinho para a sua cama. Para mostrar para o mundo que ela é a maior deusa do sexo que a Terra ainda não conheceu. Para deixar claro ao seu homem quem é que manda. Para deixar claro ao seu homem que ela gosta mesmo é do vizinho do 602. Para deixar claro ao vizinho do 602 que ela é uma mulher casada, bem casada, e que isso é apenas um momento junto à parede do corredor, para ambos. Para obter alguma vantagem acadêmica. Para ganhar o prêmio Nobel, ou ao menos uma dor agradável nas costas. Para se sentir bela e desejada. Para fazer aquela vadia do Contas a Pagar se sentir um traste, porque é ela quem pega o gatão do RH. Para se alimentar melhor. Para queimar calorias de um jeito um teco mais interessante do que duas horas na esteira vendo o GNT. Para ganhar presentes caros. Para ganhar presentes baratos. Para produzir endorfina e se livrar da enxaqueca. Para ter algo mais divertido na hora do almoço do que passar uma hora no bufê de quilo perto da empresa.

Quantas já foram? Puxa, ainda faltam várias. Em quantos os estimados leitores e leitoras podem pensar e quantos podem adicionar a essa lista?

Para nós, homens, fazer sexo sempre foi algo simples e compreensível. Sempre fizemos sexo porque sim e agora, quanto mais agora melhor. Era arriscado deixar pra depois, porque cada saída da caverna podia representar o nosso encontro com o Criador, ou, pior, com um destruidor cheio de dentes e com uma apreciação especial pelo nosso lombo.

Com a nossa sensibilidade masculina, sempre soubemos que sexo era algo capaz de nos tirar da dureza cotidiana e nos remeter para um mundo bem mais interessante, ao menos por alguns segundos, antes dos nossos orgasmos. Todos sabem que a rapidez do orgasmo masculino está ligada ao fato de sabermos que ali do lado de fora poderia haver um tigre de dente de sabre, uma onça ou um marido à espreita.

Somos seres simples e resultantes da Evolução. Somos darwinianos, acima de tudo, e queremos espalhar nossa sementinha pelo mundo, ou pelo maior número possível de mulheres, enquanto temos tempo e energia, se me entendem.

As mulheres não têm essas pressas ou essa clareza.

Assim, eu, você, o senhor aqui ao lado, sempre nos pegávamos pensando, o que afinal se passava na cabeça de nossa amada, ou desejada, salve, salve, naquele restaurante caríssimo para onde a tínhamos levado, na esperança de a noite terminar em uma troca justa? Ela estava a fim, ou aquele olhar era para a pizza? Ela se sentia curiosa a nosso respeito, mas ainda não pronta para saber mais sobre uma partezinha essencial da nossa identidade masculina? Ela queria desesperadamente o nosso corpo, mas ainda não estava preparada para se entregar a essa paixão, ou estava entediada o bastante com a nossa conversa para pegar no sono ainda no carro, enquanto lidávamos com a frustração e ficávamos pensando em quantos jantares mais, antes de alguma coisa finalmente acontecer e o amor reinar?

Agora ficamos sabendo que não era nada disso, não era amor, nunca foi. Era outra coisa, outras 237 coisas, nenhuma delas a que a gente imaginava, ou torcia para que fosse.

Na verdade, era, sempre foi, sempre vai ser, ela mesma. Ela não está pensando no nosso coração vagabundo, mas sim se ela por acaso escolheu a lingerie certa. Se a resposta interna for sim, sim. Se achar que errou justamente porque a renda da perna não combina com o prendedor de cabelo, vocês vão ter um final de noite bem mais melancólico do que você esperava. Ela está pensando no que precisa fazer no outro dia e se pode se auto destruir um pouco com você e ainda se sentir uma deusa diante do espelho na manhã seguinte. Caso sim, sim. Caso não, azar o seu. Se ela justamente hoje esqueceu de se depilar, esqueça. Se uma unha lascou durante a sobremesa, ela está se sentindo um caco e precisa de um pote de sorvete e de umas duas horas de Sex and the City pra se recompor. Se existe uma coisa nesse instante de que ela não precisa, é de você.

Você, pobre homem, pobre patinho, está diante de um sistema muito mais complexo do que o seu na hora de fazer as suas escolhas, e que ainda, por tragédia, sente um enorme prazer quando diz não.

Não pense no agora, quando vocês dois se tornaram seres iguais diante da lei. Pense nos milhões de anos, desde a pedra lascada até o tevê de plasma, em que cada um de vocês precisou lidar com a dureza do mundo com os recursos de que cada um dispunha. Você, saindo da caverna, podia acumular bens trocáveis. Para ela, que ficava ali dentro inventando a pintura rupestre com as amigas, havia apenas um bem de troca. Ela aprendeu a utilizá-lo da melhor maneira possível para quem vivia em cavernas, e ainda não mudou tanto assim desde que passamos para apartamentos da Cyrela, com 2,3 filhos e férias no Guarujá.

Somos todos resultado do nosso passado, mais do que do presente, menos do que do futuro. Eu até acho que os 237 motivos serão bem menos daqui a um tempo. Nesse dia, e finalmente, as mulheres e seus motivos talvez se tornem compreensíveis, ou ao menos passíveis de serem contados usando apenas os nossos dedos dos pés e mãos. Eu gostaria de estar por aí para ver, mas como me conformei em viver apenas 250 anos, acho que vou ter que deixar essa experiência para vocês, jovens. Aproveitem. Eu sou daqueles que acreditam que o mundo é melhor quando mais simples, mais simples quando mais redondo, melhor quando mais humano. A ele todos, e boa sorte.



Artigo publicado no Terra


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‘Kit de virgindade artificial’ provoca polêmica no Egito



O principal combustível da mais nova polêmica no Egito é um “kit virgindade artificial”. Isso mesmo – um kit que tem como principal elemento uma bolsa que é inserida dentro da vagina antes do sexo e que provoca um sangramento durante o coito, simulando algo como a perda da virgindade.


O produto, que custa pouco mais de 39 reais, leva o nome de Gigimo e, segundo informações do seu próprio site, promete tornar a primeira noite do casal inesquecível: “Não se preocupe em perder sua virgindade. Com este produto, você pode ter sua primeira noite de volta a qualquer hora. Adicione alguns gemidos e suspiros, que vai passar despercebido”.

Segundo o jornal The Telegraph, a polêmica surgiu quando um membro do partido conservador, Sayed Askar, declarou estar envergonhado. “O partido vai ser manchado de vergonha se permitir que este produto entre no mercado. Ele estimula as relações sexuais ilícitas”. Para quem não sabe, a cultura islâmica proíbe este relações sexuais, exceto dentro dos limites do casamento.

Abdel Moati Bayoumi, um proeminente estudioso islâmico, concordou e disse achar que a exportação do produto pode trazer mais prejuízos do que benefícios e vai mais além: “Quem faz isso, deve ser punido”.

O site do fabricante oferece o envio do produto para todos os países do Oriente Médio, que tem no Afeganistão, profundamente liberal, seu principal destino.

Para as mulheres que não querem usar o polêmico kit, um método cirúrgico de reconstrução de hímem é a solução. Entretanto, como o valor é mais alto, nem todas possuem recursos para tanto.

Curiosamente, o Egito é considerado um dos países mais liberais do Oriente Médio. Mas não se iluda com isso. Segundo um relatório da ONU de 2005, 52 de um total de 819 assassinatos no país foram “crimes de honra”.

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A vida por um “fio”




Um homem escreve um anúncio publicitário na parede de um prédio, normal?! Analisem a foto! Não tem um item de segurança. Ele está preso por uma corda que tem como contrapeso três sacos, provavelmente de areia. Só por Deus! Aonde está o juízo e o valor à vida?!! Sei que ele só quer trabalhar e tirar o sustento da família e nem percebe o perigo. A intenção é boa, mas as conseqüências podem ser trágicas.

A cena foi registrada por Cristiano Saulo Ferreira, na manhã desta terça-feira (06/10), na Rua Osório Ribas de Paula, em Apucarana.

Aqui da janela do 4º andar, diarimente observo o cotiano. Algumas cenas são lindas como as do entardecer, mas algumas são como esta: angustiante.

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Famílias pobres são mais vulneráveis ao desaparecimento de crianças e adolescentes

Gilberto Costa

Repórter da Agência Brasil

Brasília - Nos últimos nove anos, pelo menos 1.257 crianças e adolescentes brasileiros desapareceram. Segundo estatística disponível no site da Rede Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos (ReDesap), pouco mais da metade (648) conseguiu ser encontrada e 609 permanecem desaparecidas.

As unidades da Federação com mais registros de desaparecidos no período são Distrito Federal (297), Rio de Janeiro (144), São Paulo e Sergipe (ambos com 126), Goiás (94) e Minas Gerais (72). O problema é mais comum em regiões metropolitanas do que no interior dos estados.

Apesar de expressivos, os números devem estar subestimados, avalia o antropólogo Benedito Rodrigues dos Santos, coordenador da rede e secretário executivo do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda). Segundo ele, a informação é colhida por telefone e ainda não há um sistema para cadastramento em tempo real dos casos registrados nos serviços de SOS Criança e nas delegacias de proteção às crianças e adolescentes.

Santos acredita que a maioria dos casos de desaparecimento começa com fuga do lar por motivo de conflito familiar, envolvendo violência física e até sexual. “A fuga é um sinal de sanidade para escapar da violência. O problema é que entre fugir de casa e o local onde a criança ou adolescente vai ficar podem acontecer muitas coisas e os desaparecidos ficam vulneráveis às redes de aliciamento para exploração e tráfico.”

Para o antropólogo, é preciso mudar a cultura do castigo físico e educar as crianças com base no diálogo. O Poder Público também deve estar mais próximo. “A educação das crianças dentro de casa ficou reservada ao mundo privado das famílias, e nós estamos percebendo que elas têm muita dificuldade nisso”, diz Santos, ao analisar que os novos arranjos familiares (com novos casamentos dos pais ou famílias com apenas um dos pais) devem ser considerados no entendimento do problema de violência doméstica, assim como a perda de autoridade de pais biológicos ou padrastos.

Conforme o secretário executivo do Conanda, as crianças pobres, mais vulneráveis socialmente, sofrem mais. “A classe média tem ainda alguma imunidade. Guarda relações de parentesco, pelas quais as crianças podem circular”, avalia. Segundo ele, os meninos e as meninas pobres que fogem acabam encontrando “formas de sobrevivência em redes clandestinas”, como tráfico de drogas e exploração sexual.

Santos chama atenção para os casos de “desaparecimento enigmático” de crianças que somem na rua ou são levadas de dentro de casa. Estima-se que esses casos, que são pouco solucionados, representem de 10% a 15% do total. “Esse é o tipo mais dramático porque é um percentual muito pequeno de crianças que são achadas. E é elevado o número de crianças encontradas mortas, com sinais de violência e sevícias [maus-tratos e crueldade]”, alerta.

Para o secretário executivo do Conanda, o sumiço de crianças é mais “um fenômeno social” do que caso de polícia. Mas ele alerta que é fundamental entrar em contato com a polícia e não esperar 24 horas para comunicar o desaparecimento. “Uma ação imediata da polícia pode ser crucial.”

Benedito Rodrigues dos Santos participou nessa quarta-feira (22) de audiência pública na comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados que trata do desaparecimento de crianças e adolescentes. Um projeto de lei proposto pela CPI, já aprovado na Câmara, tramita no Senado Federal para criar o Cadastro Nacional de Crianças Desaparecidas. Nos dias 6 e 7 de outubro, será promovido em São Paulo um seminário sobre desaparecimento de crianças e adolescentes para fins de tráfico e exploração sexual.

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Tempo, tempo, tempo



Quando nasci não tinha noção do tempo em que nascia. Não sabia se era verão, primavera, outono ou inverno. Não sabia se era de manhã, de tarde ou de madrugada. Isso parecia não ter importância. Ainda não me preocupava com o tempo. Hoje sei que foi às 10h22 de um domingo de primavera em 1984. Saber disso não muda muito. Na verdade, não muda nada.

Não é bem assim. Os astrólogos dizem que muda. Também diz uma lenda que as pessoas que nascem no dia 9 e em um domingo têm uma intuição mais aguçada. Tudo bem. São só detalhes. Mas o fato que alguns anos depois de ter nascido comecei a perceber o tempo. E me lembro de vozes que me perguntavam o que eu iria ser quando crescer. Sinceramente, não me lembro das respostas.

Lembro vagamente dos sonhos que tinha para mim. Dentre eles já sonhei em ser uma exímia bailarina do Bolshoi. Até hoje ainda me encanto com a leveza das bailarinas. Sonhei em ser aeromoça, antropóloga, geógrafa, historiadora, jogadora de vôlei, socorrista, bombeira, juíza, promotora, policial federal. Com o tempo percebi que ser policial não era um bom negócio, porque de repente teria que matar alguém ou poderia morrer brutalmente. Tudo bem que quem morre mais são soldados do PM. O fato é que desisti.

Mais alguns anos e também desisti de ser bombeira. Não lembro mais o motivo. Nem sei se desisti. Socorrista ainda está num plano distante. Jogadora de vôlei, só nas brincadeiras. Não sei se não cresci para tal ou se o sonho não passou de uma vontade passageira.

Historiadora, bom estou estudando para isto. Cheguei a pensar que não tinha passado de um desejo, e de repente encontrei uma oportunidade para fazer. A vida é engraçada, nos coloca diante de cada coisa. Com história acredito que o gosto por antropologia e geografia acaba se interligando. Agora, aeromoça está realmente descartado. A bailarina ainda valseia nos meus sonhos com passo mais firmes como a de uma dançarina de tango. Ah, o tango me fascina.

Ainda não sei quando terei tempo para iniciar as aulas de tango, de inglês, espanhol, alemão, teatro, as sessões com a fonoaudióloga, volta à academia... Já se passaram quase 25 anos, nesse tempo, vive um monte de coisa que sonhei e outras que nem imagina como ser jornalista. Pensando bem, vive mais das não planejadas.

Mais se tem uma coisa que ainda não aprendi a controlar é o tempo. Cada dia, cada momento, soa de forma diferente que o relógio não capta. Junto com o tempo vêm os cheiros, as emoções, os sabores. Talvez o tempo cronológico seja o único que não escapa do relógio. Todos os segundos são anotados por ele. E nós anotamos o tempo social, psicológico, o que nos faz viver e nos esculpe.

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Me Adora

Pitty
Tantas decepções eu já vivi
Aquela foi de longe a mais cruel
Um silêncio profundo e declarei:
“Só não desonre o meu nome”
Você que nem me ouve até o fim
Injustamente julga por prazer
Cuidado quando for falar de mim
E não desonre o meu nome
Será que eu já posso enlouquecer?
Ou devo apenas sorrir?
Não sei mais o que eu tenho que fazer
Pra você admitir
Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber
Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber
Perceba que não tem como saber
São só os seus palpites na sua mão
Sou mais do que o seu olho pode ver
Então não desonre o meu nome
Não importa se eu não sou o que você quer
Não é minha culpa a sua projeção
Aceito a apatia, se vier
Mas não desonre o meu nome
Será que eu já posso enlouquecer?
Ou devo apenas sorrir?
Não sei mais o que eu tenho que fazer
Pra você admitir
Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber
Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber

* ADOREIII

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Como nuvens passageiras

Tem um pardalzinho cantando timidamente lá fora. O seu canto entra pela fresta da janela junto com tantos outros ruídos da rua. Mas não é o gorjear do pequenino que me fascina nesse momento. O céu me fascina. A cada cinco minutos que volto meu olhar para ele constato que está diferente.
O fascínio está no movimento contínuo das nuvens. Há pouco o céu estava cinza. Agora está claro, ainda tem nuvens. Elas estão espalhadas como flocos de algodão, e se movem ligeiramente. Eu sei que são as correntes de ar que as movem, mas não sãos os aspectos meteorológicos que me atraem. O meu olhar insiste em repousar nessa dança porque quando a olho imediatamente imagino uma multidão titubeante que também parece ser movida pelo vento.
As nuvens no céu guiadas pelo impulso dos ventos, e nós somos guiados pelo quê mesmo? Acordamos atrasados para o trabalho, mesmo assim imploramos mais cinco minutos preguiçosos em nossa cama, por esse cinco minutos que, às vezes, se transformam em 10, 15, 20, perdemos a paciência logo cedo, nem tomamos café, o leite fica quente demais... E o caminho até o trabalho, tumultuado demais, o trabalho, estressante demais, o almoço, que almoço? Decidimos por qualquer besteira, as engolimos em menos de 10 minutos e pronto.
Mas, para aonde vamos mesmo? Para quê corremos tanto? Corremos pelo quê? Sabe, às vezes, não consigo encontrar a resposta. Sinto que vivemos o velho adágio: vivemos como se nunca fossemos morrer e morremos como se nunca tivéssemos vivido. Privamos-nos de tantas coisas por bobagens, privamo-nos de viver. Talvez, deveríamos tratar certos contragostos como uma nuvem que logo se desfaz porque também estamos de passagem nesta casa.

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O sangue em Chiapas

By José Saramago
Todo o sangue tem a sua história. Corre sem descanso no interior labiríntico do corpo e não perde o rumo nem o sentido, enrubesce de súbito o rosto e empalidece-o fugindo dele, irrompe bruscamente de um rasgão da pele, torna-se capa protectora de uma ferida, encharca campos de batalha e lugares de tortura, transforma-se em rio sobre o asfalto de uma estrada. O sangue nos guia, o sangue nos levanta, com o sangue dormimos e com o sangue despertamos, com o sangue nos perdemos e salvamos, com o sangue vivemos, com o sangue morremos. Torna-se leite e alimenta as crianças ao colo das mães, torna-se lágrima e chora sobre os assassinados, torna-se revolta e levanta um punho fechado e uma arma. O sangue serve-se dos olhos para ver, entender e julgar, serve-se das mãos para o trabalho e para o afago, serve-se dos pés para ir aonde o dever o mandou. O sangue é homem e é mulher, cobre-se de luto ou de festa, põe uma flor na cintura, e quando toma nomes que não são os seus é porque esses nomes pertencem a todos os que são do mesmo sangue. O sangue sabe muito, o sangue sabe o sangue que tem. Às vezes o sangue monta a cavalo e fuma cachimbo, às vezes olha com olhos secos porque a dor lhos secou, às vezes sorri com uma boca de longe e um sorriso de perto, às vezes esconde a cara mas deixa que a alma se mostre, às vezes implora a misericórdia de um muro mudo e cego, às vezes é um menino sangrando que vai levado em braços, às vezes desenha figuras vigilantes nas paredes das casas, às vezes é o olhar fixo dessas figuras, às vezes atam-no, às vezes desata-se, às vezes faz-se gigante para subir às muralhas, às vezes ferve, às vezes acalma-se, às vezes é como um incêndio que tudo abrasa, às vezes é uma luz quase suave, um suspiro, um sonho, um descansar a cabeça no ombro do sangue que está ao lado. Há sangues que até quando estão frios queimam. Esses sangues são eternos como a esperança.

*Quando li, senti uma intensa vontade de compartilhar com vocês!

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65% das adolescentes contraem HPV na 1ª relação

O vírus HPV - papilomavírus humano - infecta 65% das mulheres no mundo logo na primeira relação sexual. De acordo com a responsável pelo setor de Medicina Sexual do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Elsa Gay, as mulheres jovens têm um sistema imunológico mais imaturo do que as mais velhas e ficam mais suscetíveis a doenças.

Segundo a médica, aproximadamente 32% das mulheres e 47% dos homens brasileiros iniciam a vida sexual antes dos 14 anos, idade em que nem sempre já tiveram informações sobre os riscos de doenças sexualmente transmissíveis. "Esse inicio precoce da vida sexual pede ainda mais prevenção que a esperada dos sexualmente ativos", observou.

A especialista explica que a melhor maneira de prevenir a doença é usar preservativo durante as relações sexuais. Porém, outros cuidados também são necessários.

"É importante evitar compartilhar roupas e sabonetes porque também podem transmitir o HPV". Segundo a médica, em cerca de 5% dos casos a transmissão se dá por uso de peças de roupas íntimas ou de maiôs e biquínis emprestados.

Elsa recomenda às mulheres que consultem sempre um ginecologista para fazer a prevenção do câncer de útero e, se for o caso, identificar e tratar o HPV. "Ele é um vírus silencioso, é praticamente impossível descobrir quem tem o vírus sem um exame".

Para Elsa, outra medida de prevenção é tomar a vacina contra o HPV. Apesar de ser uma infecção predominante em jovens, mulheres de todas as idades devem tomar a vacina.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer, o HPV é capaz de provocar lesões de pele ou de mucosa. Na maior parte dos casos, as lesões têm crescimento limitado e habitualmente regridem espontaneamente. Existem mais de 200 tipos diferentes de HPV, que são classificados em duas categorias: de baixo risco de câncer e de alto risco de câncer.

Fonte: O BONDE

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Esperança de cada dia

-Vai demorar para o médico atender?
-Não! Ele está atendo uma emergência. Um rapaz foi baleado, disse a atendente a mãe de uma adolescente que aguardava por atendimento. A menina parecia estar com cólica. A mãe olhou para filha e respondeu para atendente que ela iria aguardar.

A atendente se virou e me cumprimentou. Pediu os documentos de minha mãe para preencher a ficha. Neste momento, chegou um policial. Clima tenso. Ele disse que havia prendido um suspeito. Perguntava a um rapaz, de camiseta rosa e calça jeans, se ele tinha visto quem atirou. Ele disse que a aquela menina ali, ela tinha visto melhor.

Terminou de preencher a ficha e eu e minha mãe ficamos na recepção aguardando terminar a limpeza do quarto para entrarmos. Enquanto isso, mais pessoas chegavam perplexas. De repente dois conhecidos chegaram, um foi meu professor de jornalismo, e então perguntei: o que trazem vocês aqui. Quando me responderam não acreditei. Não podia ser verdade. “Mataram o fotógrafo Aristeu”. “Um assalto”. “Semana passada ele estava com a gente”. Quando vi a irmã dele saindo com os olhos cheios de lágrimas e dizendo não deu, não deu. Continuei sem acreditar.

Fiquei mais uns 40 minutos na recepção. Nesse tempo chegou mais um menino baleado. Eu e minha mãe ali, chocadas, desacreditas. Nos perguntávamos, será que a vida não vale mais nada?! Ainda lembro da última sexta-feira passada quando saímos juntas para pegar o ônibus de manhã para o trabalho e quando fomos atravessar a rua vimos uma mancha de sangue. Nossa! O que aconteceu aqui? Foi um acidente? - Foi sim. - Ontem à noite um carro em alta velocidade atropelou dois rapazes. Um deles não resistiu.

Na terça-feira à noite quando voltava do trabalho passei em frente ao salão da Igreja do jardim Colonial, onde era velado. Veio a minha mente o barulho da batida que ouvi na sexta-feira às 23h15 e a sirene cortante do Samu. Isto porque a rua do acidente fica a duas quadras da onde moro. Mais um jovem morto sem motivo. Motivo?!!! É verdade que não precisa de motivo para morrer. Mas morrer assim?! Sai com o amigo e quando volta para casa, a uma quadra de casa, vem um louco em alta velocidade e bate como se fosse em uma folha. Nem prestou socorro!

Socorro. Talvez era isso que as pessoas com quem cruzei pelo comércio, ontem à tarde, pediam. Os amigos do Aristeu estavam ali do lado do hospital com olhares desacreditados. Na Farmácia Saúde, que fica na esquina, a balconista comentava o fato com um colega e uma cliente, com a expressão, num sei a palavra a certa, talvez, fosse de desesperança. Na loja seguinte ouvi: foi uma judiação. Mais um pouco, e duas senhoras que conversavam na calçada diziam: só Deus para cuidar dos nossos filhos. Por quase todos que passava, ouvi vozes em tom de lamento. Os trabalhadores que entraram no ônibus, rumo a suas casas de formas geométricas repetidas, também não acreditavam.

Nem hoje quando peguei o jornal e vi na manchete “Fotógrafo é assassinado no centro de Apucarana” acreditei. Prefiro lembrar do menino que estudou no mesmo colégio que eu, sempre risonho, aquele mesmo que fez a crisma comigo, aquele que vi recentemente caminhando com a namorada perto da pracinha Duque de Caxias, ao lado do Colégio São José.

Meninos matando meninos. Me desculpem, mas não posso entender. Revólver e pistola viraram sinônimo de brinquedo de matar menino. Meninos, meninos, meninos.... Tão cheios de vida, de sonhos, sorrisos serenos..... Não quero perder a esperança. Hoje está sendo difícil demais como diz Jhon Donne a morte de qualquer homem me diminui porque sou parte da humanidade, me diminui muito mais quando este homem é um exemplo de presteza e serenidade.

Não posso desejar a morte de quem matou mesmo depois dos gritos de dor e desespero da mãe ter preenchido os corredores do hospital. Sou jovem demais para acreditar que a morte é a única solução. Talvez, quando eu chegar, se chegar diante de tantas incertezas, aos 50 anos diga que a pena de morte seja a solução. Mas ai não será mais a menina de hoje, será um ser amedrontado que cansou de contar os amigos que morreu assim: por nada, ou melhor, por um celular, uma câmera fotográfica, um carro, um pisão que deu no pé de alguém na boate...

Já estou cansada, angustiada, o dia que vai se esvaindo devagar e melancólico, pelo menos para mim. Sei que já me excedi, mas só para não esquecer, hoje quando desci do ônibus ali do lado das lojas do Baú e fui atravessar o sinal, ouço o barulho de uma batida e vejo um motociclista caído. Tudo porque o motorista do Monza não respeitou o sinal vermelho e passou, ele acabou batendo também em um caminhão estacionado em frente à Loja do Baú. Meu celular toca e é meu patrão, me liga para passar a pauta de uma reunião. Fiquei ali mais um minuto e já ouvi a ambulância do Corpo de Bombeiros chegando. Apertei o passo para chegar a tempo na reunião, mas a rotina não apaziguou minha intensa indignação.

Não quero perder as esperanças no ser humano! Não posso Senhor! Coloque amor no meu coração para que nunca aprove a morte como solução. Me dê esperança para viver cada dia. Ah, Senhor também desejo a tua paz. Vou cantar baixinho agora, paz, paz Cristo .... que sempre ouvia na missão de domingo.

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Teoria da conspiração: H1N1

O que dizer diante de tantas incertezas. Não tenho a resposta. Só sei que as pessoas que conheço pegaram uma gripe e acabaram com pneumonia. Suspeitam-se muitas coisas. Esta é mais uma.

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Família Simpson com traços afro



A estréia de Simpson, em Angola, provocou uma mudança na foto tradicional da família, todos os mebros ganharam traços afro. Nos episódios continuaram com o amarelo nato.

Foto: divulgação

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Repórter Larápio

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Repórter Larápio

Ontem o Programa Pânico mostrou porque o Senado Brasileiro é tão podre, mas também ficou evidente que há gente honesta.
A semente da honestidade e da vergonha na cara ainda resiste em alguns brasileiros, estes que disseram não, que não se corromperam por vintão, estes sim são brasileiros de verdade e ficam envergonhados com o rumo da política atual, ou seja, de desrespeito.
Eu e os brasileiros que não se curvam à canalhice, ao desrespeito com nossa pátria queremos ver e viver em um Brasil mais honesto, seguro, com menos desigualdades.

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Sutilmente

Skank
Composição: Samuel Rosa / Nando Reis

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
Quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
Quando eu estiver fogo
Suavemente se encaixe
E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce
Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti
E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce
Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti

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Envelhecendo em um minuto

Às vezes, me pego vivendo exatamente assim! Talvez, amanhã quando olhar no espelho já esteja perdendo as forças e perceba que fez muito pouco ou nada para viver o que sonhou na infãncia.

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O perigo da tosse alheia

Sexta-feira, 14 de agosto de 2009, às 7h40, uma mulher de aproximadamente 40 anos entra no ônibus com uma máscara cirúrgica. Entrega o vale transporte ao cobrador, que a olha com desconfiança. O ônibus está lotado. A mulher segue mais para o meio do coletivo. Todas as janelas estão abertas por recomendação da Secretaria de Saúde. O vento sopra gelado, mas ninguém questiona.

Os olharem continuam a se convergir para a mulher de máscara. Alguns que estavam ao lado dela tentam se afastar sutilmente sem que ela perceba. “Não estou com a gripe suína! Parem de me olhar desse jeito”, falou irritadíssima. A voz da mulher esta carregada de impaciência. Os passageiros do coletivo se entreolharam, mas ninguém comentou o fato.

No terminal, a passageira mascarada desce com a massa trabalhadora do comércio. No entanto, outras pessoas se juntam aos trabalhadores que seguem para as fábricas. Junto com eles, entrou um senhorzinho de aproximadamente 60 anos, que assim que entrou fechou a janela. Senhor, a janela é para ficar aberta disse um rapaz de no máximo 23 anos. O mesmo rapaz abre a janela. O senhor se levanta do banco e fecha. Senhor!!! Abre a janela novamente. A cena se repete umas quatro vezes. Senhor, faz favor, a janela tem que ficar aberta. É que eu estou com frio. Tudo bem, mas nós não queremos ficar gripados. Resultado, a janela seguiu aberta e o senhor encolhidinho com frio.

Se alguém expirra no ônibus todos já o cercam de olhares interrogativos de será que está com a gripe suína? Essa gripe, além do receio com a tosse alheia vai deixar muitas pessoas com o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) de tanto lavar as mãos com água e sabão e álcool gel.
É incrível, toda vez que entra em algum lugar tem uma plaquinha indicando lave as mãos ou um recipiente com álcool em gel. As mãos já estão ressecadas de tanto álcool. E quando chega em casa, alguém logo diz para lavar as mãos antes de tocar nas coisas. Os antropólogos terão que explicar os reflexos dessa gripe para próxima geração.

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Românticos

Vander Lee

Românticos são poucos
Românticos são loucos
Desvairados
Que querem ser o outro
Que pensam que o outro
É o paraíso...
Românticos são lindos
Românticos são limpos
E pirados
Que choram com baladas
Que amam sem vergonha
E sem juízo...
São tipos populares
Que vivem pelos bares
E mesmo certos
Vão pedir perdão
Que passam a noite em claro
Conhecem o gosto raro
De amar sem medo
De outra desilusão...
Romântico
É uma espécie em extinção!
Romântico
É uma espécie em extinção!
Românticos são poucos
Românticos são loucos
Desvairados
Que querem ser o outro
Que pensam que o outro
É o paraíso...
Românticos são lindos
Românticos são limpos
E pirados
Que choram com baladas
Que amam sem vergonha
E sem juízo...
São tipos populares
Que vivem pelos bares
E mesmo certos
Vão pedir perdão
Que passam a noite em claro
Conhecem o gosto raro
De amar sem medo
De outra desilusão...
Romântico
É uma espécie em extinção!
Romântico
É uma espécie em extinção!
Românticos são poucos
Românticos são loucos
Como eu!
Românticos são loucos
Românticos são poucos
Como eu! Como eu!

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O elefante e a corda

Eis o procedimento adotado pelos treinadores de circo, para que os elefantes jamais se rebelem - e eu desconfio que isso também se passa com muita gente.
Ainda criança, o filhote é amarrado, com uma corda muito grossa, a uma estaca firmemente cravada no chão. Ele tenta soltar-se várias vezes, mas não tem forças suficientes para tal.
Depois de um ano, a estaca e a corda ainda são suficientes para manter o pequeno elefante preso; ele continua tentando soltar-se, sem conseguir. A esta altura, o animal passa a entender que a corda sempre será mais forte que ele, e desiste de suas iniciativas.
Quando chega a idade adulta, o elefante ainda se lembra que, por muito tempo, gastou energia à toa, tentando sair do seu cativeiro. A esta altura, o treinador pode amarrá-lo com um pequeno fio, num cabo de vassoura, que ele não tentará mais a liberdade.
Fonte: Blog do Paulo Coelho

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Mulheres deixam de denunciar porque perdem a autoestima

É mais fácil que a mulher reaja nas primeiras tentativas de agressão e não depois de ser submetida a um longo período de constrangimento. A avaliação é da biofarmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, que deu nome à lei que pune a violência doméstica por ser vítima de maus-tratos de seu ex-companheiro. Segundo ela, as mulheres deixam de denunciar porque a "autoestima delas desaparece". Ela participou nesta quinta-feira (6) de uma palestra para comemorar os três anos da Lei Maria da Penha, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 7 de agosto de 2006.

Para o secretário executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Teles Barreto, o balanço após três anos de existência da Lei Maria da Penha é positivo, mas ainda é preciso avançar no estabelecimento de políticas preventivas. O secretário de Reforma do Judiciário, Rogério Favreto, acredita que o momento é de continuidade e implantação da lei, com a estruturação de serviços para dar efetividade à sua aplicação. "Nesse período nós consolidamos o ciclo de conscientização e firmação da lei, entramos no ciclo da implantação", afirmou.

Em 2009 foram realizados 161.774 atendimentos, entre janeiro e junho, pela central de atendimento à mulher da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, o que representa um aumento de 32,36% em relação ao mesmo período de 2008. Em números absolutos, o estado de São Paulo é o líder do ranking nacional com um terço dos atendimentos (54.137), seguido pelo Rio de Janeiro, com 12,28%. Em terceiro lugar está Minas Gerais com 6,83%. O aumento no número de denúncias decorre da maior segurança que a vítima tem para falar de sua agressão, segundo Favreto.

Maria da Penha foi vítima de seu marido em duas tentativas de homicídio, em uma delas, ficou paraplégica, mas seu agressor só foi punido após 19 anos e ficou apenas dois anos em regime fechado. Ela denunciou o Brasil na Organização dos Estados Americanos (OEA). A falta de rigor na lei brasileira na época dos crimes levou o país a ser condenado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA.

A Lei Maria da Penha alterou o Código Penal possibilitando que os agressores sejam presos em flagrante ou tenham sua prisão preventiva decretada. Esses agressores não podem mais ser punidos com penas alternativas e o tempo máximo de detenção aumentou de um para três anos.

A auxiliar administrativa Lilian Lima recorreu à Lei Maria da Penha em outubro de 2006, após ser agredida pelo ex-marido. Lílian afirmou que, mesmo tendo retirado a denúncia perante o juiz, o processo foi eficiente. "Ele nunca mais levantou a voz para nenhuma mulher."

Até 2011, o Ministério da Justiça pretende investir R$ 43 milhões em ações de prevenção à violência doméstica e na melhoria do sistema de Justiça para o atendimento às vítimas e aplicação da lei.

Outras ações

A Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) da Presidência da República tem firmado com diversos estados o Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra a Mulher, que envolve medidas para melhorar e ampliar o atendimento das denúncias. Elas podem ser feitas pelo telefone 180, que atende durante 24 horas.

A SPM também instituiu o Prêmio para Boas Práticas na Divulgação e Implementação da Lei Maria da Penha, que nesta sexta-feira (7) começa a receber indicações de trabalhos de entidades, pessoas físicas e textos de jornalistas sobre o assunto. O prazo para o envio terminará em março de 2010 e os vencedores serão conhecidos em agosto.

Já os resultados do trabalho que vem sendo realizado pelas delegacias de atendimento às mulheres serão levados à Conferência Nacional de Segurança Pública, que será realizada no final do mês, em Brasília. A secretaria vai apresentar no encontro propostas de mudanças no sistema prisional para as mulheres.

Agência Brasil

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Carinho de pai

Tenho ótimas lembranças do meu pai. São quase 25 anos de cuidados. Foram cinco anos preparando mamadeira de manhã. O meu pai sempre levantava de manhã preparava meu leite e levava na minha cama antes de sair trabalhar. Cinco anos acho que foi tempo suficiente para mamar. Deixei a mamadeira, imagino que a contragosto.

Mas, o meu pai não deixou de preparar meu leite toda manhã. Tenho vagas lembrança dele se aproximando da cama com um copo de café com leite e bolachas para mim. Sentava na cama, me ajeitava ainda sonolenta e mergulhava as bolachas no copo com leite morno. Foram tantos anos assim. Acho que tenho poucas lembranças porque sempre estava com muito sono.

Acho que aos 12 anos comecei a tomar café da manhã na mesa da cozinha. Meu pai foi sempre quem fez o café da manhã na minha casa. Café forte e doce. Sempre que acordo de manhã está lá o café, o leite morninho, pão e bolacha. Quando fui morar com minha irmã o que mais sentia falta de manhã era do café prontinho. Às vezes, ela fazia, outras eu mesmo. Mas, era diferente. Quando voltei a morar com os meus pais novamente, lá estava o café. Como foi bom acordar com o cheirinho do café.

O café da manhã é só uma de tantas gentilezas feita por ele a mim, aos meus irmãos e a minha mãe. Se hoje tenho um vago desejo de algum dia ter uma família se deve a união dos meus pais. Não tem teoria de mulher independente que me faça querer ter um filho longe de um pai. Para mim, pai é tão importante quanto mãe. Ele dedicou a vida dele aos filhos, a mim. E isto nunca vou esquecer.

Pai, paizinho, paizão TE AMO de montão, sou muito grata por cuidar de mim por tanto tempo sem nunca reclamar. Amo também a família que me deu de presente, o maior presente que poderia esperar.

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Ser feliz

Num diálogo casual descobri, essa semana, que ser feliz não depende só de mim. Disse empolgada a um amigo que a partir de hoje iria procurar fazer tudo diferente. Ser mais ousada. Ser feliz de verdade. Ai, ele me respondeu que ser feliz não depende só de nós porque vivemos com os outros e eles contribuem muito para nosso estado emocional.

Não adianta dizer que seremos felizes quando os outros com quem compartilhamos a nossa vida não estão bem. Podemos sim deixar de nos preocupar e chorar por bobagens, mas ser feliz sozinho não é possível. Não nascemos para vivermos sozinhos.

Nesse dia, lembrei-me de um escritor que diz que não só nós vivemos no mundo como o mundo vive em nós. Então, não adianta fugir para um paraíso e deixar para trás todas as amarguras e dizer que encontrou a felicidade. Os cheiros, as conversas, as vozes, as imagens vão levar você de volta. Talvez seja difícil viver em êxtase todos os dias. E nem que você e eu somos os únicos responsáveis pela nossa vida. Interferimos e recebemos interferência o tempo todo.

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Às vezes, acorrentamos literalemnte quem amamos.

Vejam essa matéria da BBC Brasil!

Uma família da cidade de Agra, na Índia, decidiu acorrentar o filho de 13 anos para fazer com que ele deixe as drogas.

Segundo a mãe do garoto, ele começou a usar drogas aos sete anos. O menino, chamado Akram, teria começado a fumar tabaco e, depois, teria passado a usar cannabis, heroína e outras drogas.
Akram diz ter vontade fugir de casa e e usar drogas novamente.

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Mulheres chinesas fazem 13 milhões de abortos por ano

Pequim - Cerca de 13 milhões de abortos são feitos por ano na China, em um país no qual há poucas dificuldades para passar por tal procedimento devido às restrições demográficas e onde 20 milhões de nascimentos são registrados anualmente, segundo números do próprio Governo chinês.

Wu Shangchun, integrante da Comissão Nacional de População e Planejamento Familiar chinesa, declarou hoje ao jornal "China Daily" que a metade das mulheres que abortam na China não usava nenhum método anticoncepcional.

As estatísticas do Governo mostram que 62% das mulheres que abortam têm entre 20 e 29 anos de idade. Além disso, a maioria é solteira.

Wu teme que o número real de abortos seja muito maior do que o publicado, já que a cifra atual foi calculada por meio de dados de instituições médicas e muitos abortos são feitos em clínicas clandestinas.

Além disso, é preciso acrescentar outros 10 milhões de abortos decorrentes do uso de pílulas abortivas, segundo os números de vendas anuais destes remédios, acrescentou Wu.

"Temos o duro desafio de reduzir o número de mulheres que abortam na China", afirmou.

Segundo Li Ying, professor da Universidade de Pequim, esta situação infeliz e evitável indica que os jovens chineses precisam saber mais sobre sexo.

Uma pesquisa feita pelo hospital militar 411 do Exército de Libertação Popular em Xangai mostra, por exemplo, que menos de 30% das mulheres que engravidaram de forma indesejada e que eram atendidas no local não sabiam como evitar a gravidez, e apenas 17% tinham conhecimentos sobre doenças sexualmente transmissíveis.

Ainda segundo o estudo, mais de 70% dos entrevistados disseram desconhecer que a principal forma de contágio do vírus HIV é a relação sexual sem proteção.

Segundo o professor Li, os pais chineses são reticentes no momento de falar com seus filhos sobre sexo. Por isso, ele pede um reforço na educação sexual por parte das universidades e da sociedade.

Para o ginecologista Yu Dongyan, parte do problema reside no fato de que o sexo não é mais considerado entre os jovens, que acham que podem aprender tudo sobre o assunto pela internet. "Entretanto, isto não significa que tenham desenvolvido uma compreensão do sexo", lembra.

É difícil fazer com que as escolas chinesas promovam a educação sexual porque alguns professores e pais acham que, com isso, estariam incentivando o sexo, diz Sun Xiaohong, do centro de educação da comissão de planejamento familiar de Xangai.

De acordo com Sun Aijun, do Beijing Union Hospital, a falta de conhecimento por parte de muitas chinesas sobre a segurança do uso da pílula anticoncepcional é outro dos motivos pelos quais elas recorrem ao aborto.

Sun afirma que, além disso, os homens se negam a usar preservativos em suas relações sexuais antes ou fora do casamento.

Um aborto na China custa 600 iuanes (US$ 88). Desde a década de 90, os médicos do país não perguntam sobre o estado civil da grávida antes de realizar um aborto.
Fonte: Último segundo

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Existiu uma mulher Papa?

Há muitos anos a Igreja Católica tenta negar sua existência, mas as evidências não deixam dúvidas: existiu uma mulher que ocupou o trono papal. Esse mistério do passado e a veracidade sobre a Papisa Joana foram desenterrados pela escritora Donna Woolfolk Cross e transformados num grande romance histórico, que põe por terra a argumentação da Igreja de que essa mulher enigmática seria apenas uma lenda.

A pesquisa, que durou mais de sete anos, reuniu todos os fatos conhecidos da vida de Joana, extraídos de documentos raros em inglês, espanhol, francês, italiano e latim. Além disso, num brilhante esforço de reconstituição de época, a autora retrata em "Papisa Joana" como era o século IX, o estilo de vida das pessoas, o preconceito contra as mulheres e a forma de funcionamento do clero.

Joana nasceu em 814, na aldeia de Ingelheim, no mesmo dia da morte do lendário Carlos Magno. O período era conhecido como Idade das Trevas, uma época brutal, de ignorância, miséria e superstição sem precedentes. Não existiam ainda os países europeus modernos, nem seus idiomas, apenas dialetos locais, sendo a língua culta o latim.

Com a morte do imperador Carlos, o Sacro Império Romano degenerou num caos de economia falida, pestes, guerras civis e invasões por parte de viquingues e sarracenos. A vida nesses tempos conturbados era particularmente difícil para as mulheres, que não tinham quaisquer direitos legais ou de propriedade.

A lei permitia que seus maridos batessem nelas, o estupro era encarado como uma forma menor de roubo. A educação das mulheres era desencorajada, pois uma mulher letrada era considerada não apenas uma aberração, mas também um perigo. Não havia para as mulheres outra alternativa a não ser se conformar com as limitações impostas ao seu sexo.

Foi nesse "meio" que Joana cresceu, aprendendo que apenas os homens poderiam conquistar um espaço na sociedade. Decidida, ela corajosamente se disfarça de rapaz quando adolescente, e ingressa num mosteiro beneditino, sob o nome de "irmão" João Ânglico. Graças à sua inteligência e determinação, ela rapidamente se destaca como erudita e médica, até que, sob a ameaça de ter seu disfarce revelado, parte para Roma, onde se torna médico do próprio papa.

Antes, porém, de cumprir seu destino e ocupar ela mesma o mais glorioso trono do Ocidente, Joana precisa superar obstáculos tremendos, como o seu amor pelo conde franco Gerold e as armadilhas do maquiavélico cardeal Anastácio, seu arquirrival.

Filme

Constantin Film, a mesma produtora que fez "O Nome da Rosa", terminou de filmar "Papisa Joana" em janeiro. O roteiro é baseado no livro "Papisa Joana" da escritora Donna Woolfolk Cross, que vai figurar nos créditos do filme como "consultora criativa". Donna também assistiu às gravações, que ocorreram na Alemanha e no Marrocos. "Eles precisavam me tirar à força do set no final de cada dia de filmagem. Foi extraordinário observar tanta gente — atores, operadores de câmera, maquiadores, extras, até animais — reconstituindo cenas e diálogos que eu havia escrito na solidão do meu pequeno escritório", declara entusiasmada à espera do lançamento.

A estreia do filme será em outubro deste ano na Europa, e nas telas brasileiras a partir de dezembro.

Papisa Joana

Autor: Donna Woolfolk Cross

Formato 15,5x22,5 cms, 496 págs.

ISBN: 978-85-61501-25-9

Cód. barra: 978-85-61501-25-9

Preço sugerido: R$ 49,00


Fonte: O BONDE/

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Dia da Mulher Negra Latina Americana e Caribenha

Neste sábado (25) se comemora o Dia da Mulher Negra Latina Americana e Caribenha. Para falar a verdade, desconhecia a data. Mas, o dia 25 de julho foi definido como o Dia da Mulher Negra Latina Americana e Caribenha, desde 1992, durante o I Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, em Santo Domingo (República Dominicana). A data foi criada com o intuito de enfatizar a luta dessas mulheres contra a opressão de gênero, raça e etnia vivida por elas.

Imagino que a mulher negra encontra mais dificuldade no seu dia-a-dia que as mulheres de cor branca e que os próprios homens negros. Não digo isso baseada em nenhum dado estatístico. Mas, vocês lembram delas na escola? Como as meninas negras eram tratadas? Elas tinham a mesma visibilidade? Na tevê, quantas são protagonistas? No dia-a-dia, quantas são líderes? Acho que não correspondem na mesma freqüência do índice populacional. Então, tem algo de errado? O que está errado? Eu? Você? Elas? O governo? Nossos costumes? Por que insistimos de alguma forma selecionar as pessoas pela aparência? Acredito que está na hora de revermos alguns conceitos e dá um chega pra lá nas tolices que nos impedem de viver de forma plena uns com os outros.

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Ideias em gestação

Está em gestação uma nova mulher. Talvez, a mulher seja a mesma, apenas está concebendo novas idéias e gerando - as há meses até que amadureçam e possam ser vivenciadas. Essa espera de meses de maturação está moldando esta mulher.

Ela continua entendo a vida de forma ímpar, está cheia de sonhos e vontades. Em breve, quando as ideias estiverem prontas para serem vividas, o mundo ganhará uma nova mulher mais cheia de vida, brilhante, ousada e apaixonada.

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Auto-estima faz viver melhor

O trabalho da organização consiste em ajudar a levantar a auto-estima de mulheres sofrendo de câncer através de workshops que ensinam as pacientes a melhorar o visual, que muitas vezes sofre com os tratamentos de quimioterapia.
"Após o choque de serem diagnosticadas com câncer, muitas mulheres ficam devastadas com os efeitos colaterais do tratamento, que podem alterar dramaticamente sua aparência e auto-imagem - perda de cabelo, sobrancelhas e cílios podem ser particularmente difíceis de lidar", diz a ONG.

A organização acredita que uma auto-estima em ordem ajuda as mulheres que estão batalhando o câncer a se sentirem melhor, o que por sua vez ajuda no tratamento.

Nos workshops, que são gratuitos, as pacientes recebem orientações de profissionais da estética sobre como cuidar da pele e das unhas, que ficam fracas durante a quimioterapia, como se maquiar e como amarrar lenços na cabeça ou escolher perucas para quem quiser esconder a falta de cabelo.

Além disso, elas ganham de presente uma "goody bag" com produtos doados por várias empresas da área de beleza.
Fonte: BBC BRASIL

Fantástica a idéia! Já imaginaram em fazer algo parecido por aqui? Acho que rola? E vocês?

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O mundo está mais rosa

Hoje, o Denis, meu amigo, me deu uma notícia de que o mundo está mais rosa, afinal uma amiga incomum, a Milady, fez mechas rosa no cabelo. Só de saber achei o máximo. Porque sou uma pessoa que gosto da cor rosa. Quem me conhece sabe que não uso muito rosa no meu dia-a-dia. Bem, isso é verdade, mas gosto de rosa e de rosas. Pensando nisso cheguei à conclusão que usei muito rosa quando estava amando uma pessoa. Isso já faz tempo. Tempo mesmo. Naquela época vivia de blusinha rosa ou com algum acessório de cor rosa.

Para mim, a cor do amor é rosa. Vermelho é da paixão. A cor rosa me traz várias recordações. Entre elas, as ruas floridas de cerejeiras nessa época do ano, ocasos rosa fantásticos. Agora me veio a mente dois: um que presenciei ano passado. Estava indo embora depois do trabalho e quando olho o horizonte, lá estava um céu deslumbrantemente em mil tons de rosa. Fiquei fascinada. Aquela imagem fotografada por meus olhos estão guardadas em minha mente.

Outra vez foi indo para a Facnopar, na Van do Luís, eu sentava do lado da janela e seguia observando o cenário urbano de todos os dias, quase todos os dias eram iguais, mas um dia percebi que o fundo desse cenário estava todo colorido, colorido de rosa. A partir desse dia passei a ver mais o fundo da tela que a natureza teima em pintar todos os dias.

Por esses e tantos outros motivos, todos banais como esses me fizeram gosta da cor rosa, também gosto de rosas, do aroma das rosas. No meu jardim vai ter um monte de florzinhas rosas, no meu coração já tem.

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Adolescente negro tem quase três vezes mais risco de ser assassinado do que branco

O risco de ser assassinado no Brasil é 2,6 vezes maior entre adolescentes negros do que entre brancos. É o que revela estudo divulgado hoje (21) pelo Observatório de Favelas, pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pelo Laboratório de Análise da Violência da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

A pesquisa também indica que, para adolescentes do sexo masculino, o risco de ser assassinado é 11,9 vezes maior se comparado ao de mulheres na faixa de 12 a 18 anos. O estudo traz apenas comparativos por cor e gênero e não apresenta os índices de mortes entre jovens negros, brancos, do sexo masculino e feminino.

A coordenadora do Programa de Redução da Violência Letal do Observatório de Favelas, Raquel Willadino, traçou um perfil dos adolescentes que mais morrem por homicídio no Brasil: são meninos, negros e moradores de favelas ou de periferias dos centros urbanos. Segundo ela, há ainda forte relação com o tráfico de drogas.

Fonte: Agência Brasil de Notícias

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Marcelo Tas desvenda os mistérios da vagina

Gente, esse vídeo é de março, mas para quem ainda não viu vale a pena ver, conhecer e rir um bocado com os apelidinhos. Para os colegas jornalistas, além de tudo isso percebemos uma maneira irreverente de começar um texto. Pra lá de bom!

No primeiro episódio da série "O Mapa da Mina", o jornalista multimídia Marcelo Tas entrevista profissionais de saúde para esclarecer dúvidas sobre o órgão sexual feminino.

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Ela faz cinema

Quando ela chora
Não sei se é dos olhos para fora
Não sei do que ri
Eu não sei se ela agora
Está fora de si
Ou se é o estilo de uma grande dama
Quando me encara e desata os cabelos
Não sei se ela está mesmo aqui
Quando se joga na minha cama

Ela faz cinema
Ela faz cinema
Ela é a tal
Sei que ela pode ser mil
Mas não existe outra igual

Quando ela mente
Não sei se ela deveras sente
O que mente para mim
Serei eu meramente
Mais um personagem efêmero
Da sua trama
Quando vestida de preto
Dá-me um beijo seco
Prevejo meu fim
E a cada vez que o perdão
Me clama

Ela faz cinema
Ela faz cinema
Ela é demais
Talvez nem me queira bem
Porém faz um bem que ninguém
Me faz

Eu não sei
Se ela sabe o que fez
Quando fez o meu peito
Cantar outra vez
Quando ela jura
Não sei por que Deus ela jura
Que tem coração
e quando o meu coração
Se inflama

Ela faz cinema
Ela faz cinema
Ela é assim
Nunca será de ninguém
Porém eu não sei viver sem
E fim.


Composição: Chico Buarque

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Pílula dos "três dias seguintes" chega ao mercado

A Food and Drug Administration (FDA, organismo norte-americano de controle de medicamentos e alimentos) aprovou o uso no país de uma pílula anticoncepcional de emergência denominada Plan B One-Step. A novidade é que o efeito dessa pílula se prolonga por 72 horas após o sexo desprotegido ou da falha de outros anticoncepcionais, e ainda assim, impede a gravidez indesejada com a mesma eficácia que os métodos tradicionais.

A pílula do dia seguinte convencional, se usada até 24 horas da relação, tem um índice de eficiência perto dos 95%. Entre 25 e 48 horas, o índice cai para 85%, e após 72 horas o índice fica em apenas 58%.

Outra diferença é a polêmica em torno das pílulas do dia seguinte convencionais ser abortivas. A pílula do dia seguinte impede a implantação do óvulo no útero, mas não impede que o óvulo seja fecundado. Após 72 horas, se houve sexo desprotegido, é quase certo que o óvulo foi fecundado e, para alguns estudiosos, a partir desse momento já há vida.

Segundo o fabricante, a Plan B One-Step não surte efeito se já houver um óvulo fecundado, ou seja, o novo medicamento não é abortivo.

O produto estará disponível nos Estados Unidos dentro de um mês, mas não há previsão de quando chegará ao mercado brasileiro.

A nova pílula é fabricada pela indústria farmacêutica israelense Teva em parceria com a húngara Gedeon Richter Ltd. Os fabricantes não forneceram informações sobre efeitos colaterais e contra indicações.

FONTE: O BONDE

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Se você pretende saber quem eu sou...

As Curvas Da Estrada de Santos
Se você pretende saber quem eu sou
Eu posso lhe dizer
Entre no meu carro na estrada de santos
E você vai me conhecer
Você vai pensar que eu não gosto nem mesmo de mim
E que na minha idade só a velocidade
Anda junto a mim
Só ando sozinho
E no meu caminho o tempo é cada vez menor
Preciso de ajuda

Por favor me acuda
Eu vivo muito só
Se acaso numa curva eu me lembro do meu mundo
Eu piso mais fundo

Corrijo num segundo
Não posso parar
Eu prefiro as curvas da estrada de santos
Onde eu tento esquecer
Um amor que eu tive
E vi pelo espelho na distância se perder
Mas se o amor que eu perdi eu novamente encontrar
As curvas se acabam
E na estrada de santos não vou mais passar
Não, não vou mais passar

Composição: Roberto Carlos/Erasmo Carlos

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Abrázame Así

abrázame así
que esta noche yo quiero sentir
de tu pecho el inquieto latir
cuando estas a mi lado

abrázame así

que en la vida no hay nada mejor
que decirle que sí al corazón
cuando pide cariño

a...brázame así

que en un beso te voy a contar
el más dulce secreto de amor
que hay en mi corazón
acércate a mí
que esta noche vivamos los dos
la mas linda locura de amor

Composição: Mário Clavell / cantor Roberto Carlos

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Dia do Homem, hoje?!

A data não é muito conhecida e pode até parecer uma brincadeira, mas hoje, dia 15 de julho, é comemorado no Brasil o Dia do Homem. É claro que é bem diferente do Dia da Mulher e ninguém vai sai por aí distribuindo flores.
A ideia foi do ex-presidente russo Mikchail Gorbachev, com a intenção de ser comemorada internacionalmente no primeiro sábado de novembro. Apesar do apoio da ONU, cada país escolheu seu dia de preferência e comemora o evento separadamente.
Você acha que os homens merecem um dia? E vocês homens, o que gostaria de receber de presente por essa data especial?
Hum... só para não esquecer: este homem é LINDO!!!

















Fonte: IG Jovem

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Apaixonada pelo REI

Faz algum tempo que percebi que estou apaixonada por um rei. O rei da música romântica brasileira, Roberto Carlos. Confesso que ainda estou impressionada com o show dele no último sábado no Maracanã. Senti, mesmo no sofá de casa assistindo pela telinha da Globo, a emoção com que cantava cada canção. A sensibilidade dele me emocionou.
De baixo do meu cobertor não me arredei de frente da tevê. Cantei Detalhes, Emoções, Eu te amo, Parei na contramão, Namoradinha de um amigo meu, Se você pensa, As canções que você fez pra mim, Amigo, Jesus Cristo, Lady Laura, Como é grande o meu amor por você, Café da manhã.... Foram tantas emoções e me apaixonei pelo rei.
Agora estou escrevendo este post e verificando a agenda de shows de Roberto Carlos. Meus olhos se encheram quando viu Curitiba em Outubro. Vou me programar para conhecer o REI.

Eu te amooo

“Tanto tempo longe de você
Quero ao menos lhe falar
A distância não vai impedir
Meu amor de lhe encontrar

Cartas já não adiantam mais
Quero ouvir a sua voz
Vou telefonar dizendo
Que eu estou quase morrendo
De saudade de você

Eu te amo, eu te amo, eu te amo

Eu não sei por quanto tempo eu
Tenho ainda que esperar
Quantas vezes eu até chorei
Pois não pude suportar

Para mim não adianta
Tanta coisa sem você
E então me desespero
Por favor meu bem eu quero
Sem demora lhe falar

Eu te amo, eu te amo, eu te amo

Mas o dia que eu puder lhe encontrar
Eu quero contar o quanto sofri
Por todo esse tempo
Que eu quis lhe falar

Eu te amo, eu te amo, eu te amo

Cartas já não adiantam mais
Quero ouvir a sua voz
Vou telefonar dizendo
Que eu estou quase morrendo
De saudade de você

Eu te amo, eu te amo, eu te amo

Mas o dia que eu puder lhe encontrar
Eu quero contar o quanto sofri
Por todo esse tempo
Que eu quis lhe falar

Eu te amo, eu te amo, eu te amo
Eu te amo, eu te amo, eu te amo

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Quando eu encontro comigo

Quando eu encontro comigo. Eu sempre choro. Choro porque encontro as desculpas disfarçadas de razões. Aquelas razões que uso para procrastinar de mim mesmo as minhas realizações. De alguma forma descubro que o maior entrave para as tais realizações são postos por mim mesmo.

É sim. Pode até parecer demasiado. Mas não é não. Acho que isso acontece por medo, incerteza, insegurança ou talvez pela certeza que vou conseguir. Isto com certeza implicaria em uma série de mudanças na minha vida. Entre elas de um ambiente familiar, familiar em todos os aspectos como família mesmo, trabalho, bares, amigos, sobrinhos... Tenho medo da mudança, mesmo que a mudança seja imprescindível. Sinto isso por mais que as palavras pronunciem o oposto.

Quando eu encontro comigo é sempre tranqüilizante também porque sei quem eu sou, apenas não tenho a certeza em vinte e tantas primaveras do quero para sempre, mas já consegui saber o que não quero. Também não acredito que uma escolha tenha que ser eterna, tudo bem que algumas mudam nossa trajetória para sempre. Sabe, o que mais me incomoda nas escolhas por mais que não sejam eternas é se não me apegar a nenhuma, não serei um ser brilhante em nada. Mas, será que o mundo precisa só de pessoas brilhantes?

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