Carinho de pai

Tenho ótimas lembranças do meu pai. São quase 25 anos de cuidados. Foram cinco anos preparando mamadeira de manhã. O meu pai sempre levantava de manhã preparava meu leite e levava na minha cama antes de sair trabalhar. Cinco anos acho que foi tempo suficiente para mamar. Deixei a mamadeira, imagino que a contragosto.

Mas, o meu pai não deixou de preparar meu leite toda manhã. Tenho vagas lembrança dele se aproximando da cama com um copo de café com leite e bolachas para mim. Sentava na cama, me ajeitava ainda sonolenta e mergulhava as bolachas no copo com leite morno. Foram tantos anos assim. Acho que tenho poucas lembranças porque sempre estava com muito sono.

Acho que aos 12 anos comecei a tomar café da manhã na mesa da cozinha. Meu pai foi sempre quem fez o café da manhã na minha casa. Café forte e doce. Sempre que acordo de manhã está lá o café, o leite morninho, pão e bolacha. Quando fui morar com minha irmã o que mais sentia falta de manhã era do café prontinho. Às vezes, ela fazia, outras eu mesmo. Mas, era diferente. Quando voltei a morar com os meus pais novamente, lá estava o café. Como foi bom acordar com o cheirinho do café.

O café da manhã é só uma de tantas gentilezas feita por ele a mim, aos meus irmãos e a minha mãe. Se hoje tenho um vago desejo de algum dia ter uma família se deve a união dos meus pais. Não tem teoria de mulher independente que me faça querer ter um filho longe de um pai. Para mim, pai é tão importante quanto mãe. Ele dedicou a vida dele aos filhos, a mim. E isto nunca vou esquecer.

Pai, paizinho, paizão TE AMO de montão, sou muito grata por cuidar de mim por tanto tempo sem nunca reclamar. Amo também a família que me deu de presente, o maior presente que poderia esperar.

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