Dicas para se comportar bem à mesa nas festas de fim de ano

Mesmo em festas de família algumas regras de etiqueta devem ser seguidas para evitar vexames na hora das efeições                                                                                                                       

Mesmo quem já está mais acostumado a organizar e participar de festas e eventos pode ter dúvidas sobre como se comportar à mesa. Algumas regras já foram quebradas ou só são necessárias em ambientes mais formais, mas algumas delas são essenciais para que todos se sintam bem. A seguir você confere algumas regrinhas básicas, essenciais para não fazer feio nas festas de fim de ano.

Se você for o anfitrião, sirva a todos os convidados e só depois se sirva;

Coloque o guardanapo de pano no colo antes de iniciar a refeição, nunca em volta do pescoço. Se for de papel, ele deve ficar do lado esquerdo do prato. Quando terminar, não coloque o guardanapo usado no prato;

Se houver pãezinhos de entrada, parta com as mãos, em cima de um prato ou cesto;

Use os talheres de fora para dentro, conforme forem servidos a entrada e o prato principal;

Para comer massas, use o garfo e a colher. Como são fáceis de cortar, não precisam da ajuda da faca;

Antes de levar o copo à boca, limpe os lábios com o guardanapo;

Evite falar de boca cheia e fazer barulho quando bebe ou toma sopa;

Cuidado com os cotovelos. Sobre a mesa, apenas os punhos;

Se você ainda estiver com apetite, pode repetir à vontade. Verifique apenas se todos já se serviram;

E, por fim, lembre-se de que palitar os dentes na mesa não é aceitável, mesmo em família. Se precisar, peça licença e vá ao toilette.

Fonte: Sadia

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É hora de rever os planos!

A mente se transforma em uma tela de cinema nos últimos dias do ano. Diante da retina valseiam cenas que aconteceram e outras que não passam de imaginação. Neste longa-metragem de 365 dias e 8.760 horas, o final nem sempre agrada o autor. A passagem de ano, no entanto, é uma ótima hora para virar a página, segundo o psicólogo Gleyson Reis, 36 anos, de Apucarana. “O réveillon marca o início de uma nova era, em que é possível fazer novas escolhas e viver de um jeito diferente”, acredita.

De acordo com a psicóloga Isamara Vanessa Holack, 39 anos, de Apucarana, as pessoas tendem a ficar mais sensíveis nos últimos meses do ano. “Isso ocorre por diversos motivos, como o cansaço acumulado durante os meses e o balanço das perdas neste período. Caso haja um déficit, a melancolia pode aparecer”, explica.

Esse quadro é mais comum naqueles que têm dificuldades em sentir as conquistas. “Geralmente, são pessoas constantemente insatisfeitas e perfeccionistas, porque o nível de exigência cobrado é maior”, analisa Isamara, que também é terapeuta floral e familiar.

ESTABELEÇA METAS

Começar o ano cabisbaixo não ajuda em nada. Para alcançar o sucesso, Reis recomenda planejar um roteiro com antecedência. “É preciso estabelecer metas para curto, médio e longo prazo. Além disso, é indispensável se organizar para conseguir realizá-las”, pontua.

Ele recomenda anotar os sonhos em uma agenda. “Quando olhar a anotação, a pessoa vai se lembrar da meta e das escolhas que devem ser feitas para atingi-la. Cultivar o sonho vivo nos mantém mais felizes”, afirma.

Isamara também concorda que um projeto com novas metas para o ano seguinte faz a diferença. “Com os objetivos escritos fica mais fácil identificar as falhas e, com isso, fazer diferente”, avalia.

PLANEJE AS FINANÇAS

Se parte das frustrações é resultante de um orçamento comprometido, talvez seja hora de fazer ou rever o planejamento financeiro. Mestre em Economia, Tânia Terezinha Rissa de Souza, 39, que leciona na Faculdade de Ciências Econômicas de Apucarana (Fecea), recomenda fazer uma planilha contendo o valor do dinheiro que entra e o que sai. “Com isso fica mais fácil verificar as despesas primárias e cortar os gastos supérfluos”, diz.

Para Tânia, é melhor até deixar de comprar presente para a família toda no Natal a entrar o ano novo no vermelho. “Logo em janeiro e fevereiro há despesas com impostos e material escolar. Se não tomar cuidado, as dívidas viram uma bola de neve”, frisa. Sendo assim, ela recomenda cautela desde os primeiros dias do ano para conseguir alcançar as metas estabelecidas.

A economista também aconselha fazer uma poupança para eventuais emergências. “Não existe uma fórmula com o valor a ser reservado por todos, mas o ideal para quem ganha de 3 a 5 salários mínimos é de 10%. Essa reserva evita entrar no cheque especial”, ressalta.

MELHORE A RENDA

Ainda segundo a mestre em Economia, ao fazer os planos é preciso avaliar quanto tempo vai levar para conseguir o dinheiro. “Neste período, além de fazer economias, em alguns casos é preciso fazer um investimento para aumentar a renda, como pós-graduação ou curso técnico”, orienta.

Para Tânia, a especialização traz retorno em médio prazo. “É algo indispensável para o mercado de trabalho. Melhora a renda e o ego. Se a empresa atual não comporta o investimento, a pessoa pode mudar de emprego”, diz. Além disso, ela indica fazer ‘bicos’ para aumentar a renda e sair do vermelho.

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Vidente teria anunciado a morte de Dilma Rousseff

Texto Luciana Vidal e Vanuza Borges- publicado na revista semanal UAU! do jornal Tribuna do Norte

Corre pela internet, tão rápido como o vento, uma suposta profecia catastrófica atribuída à vidente mineira Neyla Alckmin, falecida há mais de dez anos, cujos termos insinuam a morte da presidente eleita Dilma Rousseff logo após a posse, seguida por um período de caos para o Brasil. O texto, sem assinatura e indicação de origem, seria parte de um manuscrito deixado pela sensitiva.


Segundo consta, Neyla Alckmin aparecia com frequência na televisão e nas revistas para fazer previsões, especialmente no período eleitoral. Morava na Cidade de Conceição do Rio Verde, próximo a São Lourenço, no Sul de Minas Gerais.


A favor dela conta-se que foi conselheira de Juscelino Kubitschek e de Tancredo Neves. Segundo reportagem publicada no jornal “O Estado de S.Paulo”, edição de 19 de junho de 2008, foi Neyla quem apontou para o empresário Eike Batista os principais pontos da Bacia de Campos para exploração. Chegou a produzir um mapa indicando locais de reservas - cuidadosamente guardado por Eike, que segue à risca a exploração.


Em outra reportagem, publicada pela revista “Isto É Gente” em 3 de junho de 2002, a psicóloga Milú Villela, maior acionista individual do conglomerado Itaú e presidente do Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo, revela que a mesma vidente foi quem indicou onde estavam o avião e os corpos de seu único irmão, Alfredo Egydio Arruda Villela, e sua mulher, Maria Silvia. Ambos morreram em acidente aéreo corrido no ano de 1982, em Paraty, no Rio de Janeiro. “O pequeno avião que era dele bateu no pico do Frade. Ninguém achava o avião. Nós só achamos através de uma vidente, a Neyla Alckmin, quatro dias após o desastre”, disse Milú à publicação.


Contra a vidente pesam previsões que não se confirmaram, como a descoberta da planta brasileira que curaria a Aids e a eleição de Afif Domingos para presidente em 1989.


O QUE DIZ A SUPOSTA PROFECIA


“A filha distante de vermelho e sem amor pela nossa terra se elegerá graças aos votos de Minas Gerais. Tomará posse usando vermelho, mesmo diante da enorme tragédia que acontecerá pouco antes no Brasil, ofendendo aqueles que prezam o luto. Haverá apenas um lenço branco. Um governo triste e sombrio, porem breve, se iniciará sob o signo da tragédia das pedras. Governará ate o dia da grande festa dos soldados, de onde sairá para o hospital. A doença invisível que lhe corrói as entranhas mostrará sua força como nunca antes visto. Lutará e receberá medicação dos americanos que despreza. Sua agonia será forte e intensa. O Turco Branco tentará inutilmente se mostrar contrito e respeitoso, mas conspirará na grande casa branca perto do lago, ajudado pelo homem dos cabelos negros que foi falso amigo de Tancredo. Serão dias e noites de traição e disputas espúrias e de agonia no grande hospital dos patrícios. O Brasil sofrerá com os conchavos e a incerteza. Virão dias de medo e ameaças. Nunca foi amada e o povo acompanhará sua agonia distante. Não terá povo no seu funeral próximo ao carnaval.”


Quem foi Neyla Alckmin


Por VANUZA BORGES

Neyla Alckmin nasceu no dia 24 de junho de 1929, em Conceição do Rio Verde, Sul de Minas Gerais, município onde ainda residem seus familiares e amigos. Na cidade, com pouco mais de 13 mil habitantes, é difícil encontrar alguém que não conheceu ou pelo menos ouviu falar da famosa vidente


A reportagem da UAU! fez vários telefonemas, na tentativa de localizar algum parente que pudesse descrever a biografia da sensitiva e confirmar a veracidade da profecia. Após algumas tentativas, conseguimos falar com uma sobrinha de Neyla, que preferiu não se identificar. Ela garantiu que a tia era muito procurada por políticos e artistas de renome nacional, mas negou que tenha deixado qualquer profecia relacionada à presidente eleita Dilma Rousseff.


MENTIRA -  A Filha de criação Marcilene Gonçalves Chaib, 43 anos, operadora de caixa de uma agência bancária no município de Varginha, conta que morou durante 15 anos com Neyla Alckmin. Neste período também trabalhou como sua secretária. Sobre a suposta profecia, ela é categórica ao afirmar que tudo não passa de boato. “Neyla deixou alguns escritos, mas essa carta é mentirosa. Usa termos que ela não usava, como ‘Turco Branco’. Isso não é coisa dela. Jamais falaria também que alguém iria morrer”, garante.


Marcilene afirma que Neyla Alckmin sequer chegou a conhecer Dilma Rousseff. “Isso só pode ser coisa da oposição”, qualifica a operadora.  Ela confirma, no entanto, que a vidente era amiga e confidente de Juscelino Kubitschek e Tancredo Neves. Desenhou um mapa com as reservas de minérios ao empresário Eike Batista. Também indicou a Milú Villela, maior acionista do grupo Itaú e presidente do Museu de Arte Moderna de São Paulo, onde o avião havia caído com seu irmão e sua cunhada, em 1982. Marcilene afirma que após esse episódio, as duas ficaram amigas. “Antes de morrer, Neyla conversou com Milú e pediu um emprego para mim. Ela atendeu ao pedido e até hoje trabalho em uma agência do grupo,” assegura.

Sensitiva morreu aos 67 anos,vítima de câncer de mama
Marcilene Gonçalves Chaib, 43 anos, ex-secretária de Neyla Alckmin, esclarece que a amiga não morreu em 2000, como consta na internet, mas em 3 de setembro de 1996, aos 67 anos, vítima de câncer de mama. Ainda conforme ela, a vidente descobriu o ‘dom’ aos 3 anos de idade, ao prever a morte do avô.
Ainda conforme Marcilene, Neyla estudou Psicologia e se especializou em Parapsicologia. Casou-se muito jovem com o cartorário Clélio Capistrano Alckmin, falecido em 1995. A união durou pouco, segundo a ex-secretária. Entretanto, do enlace matrimonial nasceu Marco Aurélio, em 1951; Nélio, em 1952, que faleceu em 1996,  em  decorrência de sequelas de um acidente automobilístico sofrido em 1977; e Litz Donny, em 1956. O caçula, mais conhecido como Litz, ainda mora em Conceição do Rio Verde, enquanto Marco Aurélio vive em São Paulo.

Para assessoria de Dilma, é mais uma “baixaria da oposição”


Procurada pela reportagem da UAU!, a assessoria de imprensa da presidente eleita Dilma Rousseff (PT) classifica a profecia atribuída à vidente mineira Neyla Alckmin como “mais uma baixaria”.


Ainda conforme a assessoria, a carta faz parte da “central de boatos, criada pela oposição durante a campanha presidencial, com a finalidade de deturpar a imagem de Dilma”.

A VITÓRIA - Dilma tem 62 anos e é a primeira mulher eleita para ocupar a presidência da República na história do Brasil, com 56% dos votos. O vice-presidente eleito é Michel Temer (PMDB-SP), 69, presidente da Câmara dos Deputados.


Em Minas Gerais, sua terra natal, Dilma venceu o segundo turno com 58,45% dos votos válidos. A data da posse está marcada para 1º de janeiro de 2011.


A DOENÇA - Em 2009, foi diagnosticado que Dilma tinha um linfoma, grave tipo de câncer no sangue. A doença é considerada a quinta causa de morte em pacientes oncológicos, atrás apenas do câncer de próstata, mama e tubo digestivo. A petista realizou cirurgia para retirada de tumor e passou por tratamento quimioterápico e radioterápico. No final de setembro deste ano, os médicos anunciaram que ela estava livre de qualquer evidência da doença.

“Carta não tem nada de profecia”, diz monsenhor

Para o monsenhor Roberto Carrara, 71 anos, da Catedral Nossa Senhora de Lourdes, de Apucarana, a carta atribuída a Neyla Alckmin não tem nada de profecia. “Existe no ser humano a capacidade sensitiva. Em alguns casos, as pessoas, de forma inconsciente, conseguem mover objetos de lugar e até sentir a morte de um ente querido. Isso a parapsicologia explica”, afirma o religioso. No entanto, segundo ele, não conseguem prever o futuro.
De acordo com Carrara, profetas falam em nome de alguém. “Os profetas da Bíblia falaram em nome de Deus. Não só anunciaram o futuro como também avisaram que algo estava errado, alertando para a mudança”, explica. Ainda segundo Carrara, não haverá novos profetas. “Tudo que Deus tinha para dizer já foi dito através de seus profetas e está escrito na Bíblia. As profecias se encerraram com o nascimento de Jesus Cristo”, avalia o monsenhor.
Sobre o futuro, o religioso confirma o ditado popular ‘que a Deus pertence’, mas salienta que as ações diárias moldam os caminhos.

As visões, segundo a doutrina espírita
Tânia Assunção Caldeira, 39 anos, secretária do Grupo Espírita Mensageiros da Paz, de Apucarana, explica que a doutrina espírita “não estuda correntes que invadem a internet”, como a suposta profecia de Neyla Alckmin. “As revelações existem, mas acontecem de forma natural, sempre uma finalidade nobre em prol da humanidade e não de alguém específico, ou de levar ao desequilíbrio”, afirma.


De acordo com Tânia, as manifestações também não poupam ninguém do trabalho. “Um cientista trabalha anos a fio até a descoberta de uma vacina. Não é algo que se consegue simplesmente meditando. Em todos os tempos sempre haverá os enviados que trarão progresso à humanidade”, considera.


A secretária do Mensageiros da Paz explica que, se a profecia fosse verdadeira, não teria sido feita por um espírito sério e sim brincalhão, com a finalidade única de causar perplexidade nas pessoas.


Nostradamus e as tragédias modernas


No decorrer da História, houve centenas de profetas notáveis. Seguindo as tragédias modernas, um nome se destaca: Michel de Notre-Dame, mais conhecido como Nostradamus (versão em latim).


Nasceu em 14 de dezembro de 1503, em Saint-Rémy-de-Provence, no sul da França, e ficou famoso pela suposta capacidade de vidência. Sua obra mais conhecida, “As Profecias”, foi publicada em 1555 e é composta por uma coleção de versos que, segundo estudiosos, trazem previsões codificadas do futuro.

Diz a lenda que o alquimista, astrólogo e médico tinha as visões em seu quarto, numa bacia de água. A ele são atribuídas previsões sobre o surgimento do nazismo, a ascensão de Hitler ao poder e a Segunda Guerra Mundial, o assassinato do presidente americano John Kennedy, o surgimento da Al-Qaeda de Osama bin Laden e o ataque às torres gêmeas do World Trade Center de Nova York, em setembro de 2001.


Em 1º de julho de 1566, Nostradamus supostamente previu a sua própria morte, dizendo ao seu secretário Jean de Chavigny: "Você não me achará vivo ao amanhecer". No dia seguinte, ele foi encontrado morto próximo de sua cama.



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Flores para encher os olhos

 Flores sempre encantam

Algumas fotografias feitas por Deborah Ling me impressionam nesta manhã de quinta-feira. Confiram a sensibilidade desta americana.









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Sonho interrompido

A interrupção da gravidez é um momento traumático e angustiante para as mulheres que sonham em ser mãe. Recentemente, a cantora Lilly Allen, grávida de seis meses, perdeu seu bebê, provavelmente por uma infecção viral, segundo o jornal britânico Daily Mail. É a segunda gestação interrompida da artista.

Este episódio traz à tona o drama do aborto espontâneo. “Toda mulher, quando fica grávida, tem 20% de chance de perder o bebê durante os três primeiros meses”, avisa o ginecologista de Apucarana, Ribamar Maroneze, 35 anos.

Quando ocorre o abortamento, o primeiro sentimento é de culpa. Depois vem a necessidade de saber a causa, diz o especialista. Entretanto, segundo o ginecologista, são as alterações cromossômicas as responsáveis por 80% dos casos de abortos. “Quando acontecem erros genéticos graves incompatíveis com a vida, o organismo acaba rejeitando”, afirma o médico.

De acordo com ele, as anomalias cromossômicas não têm relação com óvulo ou espermatozóide defeituoso. “A formação humana é muito mais complexa. Não é culpa de um ou de outro”, frisa Maroneze. O ginecologista sustenta ainda que o índice de aborto não aumenta após os 35 anos, como muitos imaginam. “A gestação de risco pode ter uma série de complicações, aumentando as anomalias, mas não necessariamente o aborto”, esclarece.

O aborto espontâneo é comum. Prova disso é que muitas mulheres nem percebem que passaram por um, principalmente nas primeiras semanas de gestação. “Às vezes pensam que foi apenas um simples atraso menstrual”, pontua Maroneze. O abortamento sempre ocorre acompanhado de sangramento com cólica, alerta o ginecologista. “Quando a mulher perceber algo de anormal, deve procurar o médico imediatamente. O maior problema do aborto, seja espontâneo ou provocado, é a infecção, que pode levar a mulher à morte ou à infertilidade”, ressalta Maroneze.

Conforme o médico, caso uma mulher passe por um aborto, não significa que em uma segunda gestação as chances de perder o bebê aumentarão. “A probabilidade é sempre a mesma em cada gestação”, garante. Em alguns casos, segundo Maroneze, investiga-se a possibilidade de as causas serem maternas.

HÁBITOS SAUDÁVEIS
Além das anomalias cromossômicas, favorecem ao aborto doenças como diabete, infecção ginecológica, problema hormonal e o hábito de vida da mãe. “O uso de drogas, cigarros e bebidas alcoólicas são prejudiciais ao desenvolvimento do feto, principalmente nos três primeiros meses, quando ocorre toda a formação dos órgãos do bebê”, assinala o ginecologista.

Maroneze recomenda à mãe adotar uma rotina saudável, com exercícios físicos, alimentação nutritiva e dormir no mínimo oito horas por dia. “A mulher necessita de uma atenção especial até 12 semanas, para evitar que haja o aborto. Também é indispensável o acompanhamento do pré-natal durante toda a gestação”, aconselha o ginecologista. Ainda de acordo com Maroneze, após 15 semanas, as chances de acontecer um aborto diminuem em até 85%.


Quando ocorrer um aborto é indicado esperar de 4 a 6 meses para fazer uma nova tentativa. “É o tempo necessário para o organismo se restabelecer e ficar pronto para uma nova gestação,” salienta. Segundo ele, o índice de abortos não tem apresentado alterações, mesmo com a mudança do padrão de vida atual. “A literatura médica não registrou oscilação de números nesse aspecto”, observa.

Três abortos até a chegada de Rebecca

Rebecca Sauss da Silva, 3 anos, com a mãe Sheila Meli Sauss da Silva, 46 anos: final felizA auxiliar de serviços gerais Sheila Meli Sauss da Silva, 46 anos, de Apucarana, passou por três abortos espontâneos consecutivos até conseguir ser mãe da pequena Rebecca Sauss da Silva, 3. “Foi maravilhoso ouvir o chorinho, ver o rostinho dela. É a nossa maior alegria”, afirma a mãe, com os olhos marejados.

Casada com o professor de inglês Paulo César Filisbino da Silva, 52, Sheila teve a primeira gestação interrompida em 2003. Na época com 39 anos, ela morava na Inglaterra. “Foi difícil, fiquei bastante chateada, porque desejava muito ser mãe. Estava naquela expectativa de ouvir o coraçãozinho bater e veio a notícia que o bebê não estava se desenvolvendo”, relembra.

Depois de cinco meses, já no Brasil, ela e o marido decidiram tentar novamente. Sheila conta que procurou um médico e fez todos os exames necessários. “Estava tudo certo comigo. Fiquei grávida, mas foi outro baque”, afirma. Desta vez, porém, a recuperação tornou-se mais ‘fácil’, por estar perto da família. “O apoio deles e a fé em Deus foram determinantes para não desistir”, detalha.


Em 2005, o casal fez a terceira tentativa. “Fiz o ultrassom, ouvi desta vez o coraçãozinho batendo. Foi fantástico, mas uma semana para completar três meses aconteceu um sangramento e não teve jeito. O cordão umbilical não havia se formado direito”, recorda.

Mas Sheila não desistiu do sonho de ser mãe. No ano seguinte, aos 42 anos, engravidou novamente. “Foi uma gestação cercada de cuidados. Saía de casa só para fazer o pré-natal e ir à igreja, e cuidava muito da alimentação também. No final, recebi de Deus este presente chamado Rebecca”, comemora.

Texto publicado na revista UAU! do Jornal Tribuna do Norte (07/11/2010)

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Apimentando o casamento

A sexualidade da mulher continua tabu. Em pleno século XXI, muitas ainda não sentem à vontade para falar de sexo e nem do próprio prazer. Entretanto, a missão, de forma subliminar, de manter o entrosamento sexual no relacionamento afetivo está nas mãos delas. Com aumento da expectativa de vida, o desejo de estender os encontros amorosos depois da fase áurea da sexualidade, que vai dos 20 aos 40 anos, se tornou natural, sendo preciso quebrar uma série de barreiras.


Diante desse novo cenário, é cada vez mais comum perceber a presença feminina em lojas especializadas em produtos eróticos. A empresária apucaranense Ione Martins Bossa, 40 anos, que há 10 atua no ramo, observa que uma grande fatia do público é de mulheres que já passaram da casa dos 40 anos. “Procuram algo para tirar o casamento da rotina. Começam com uma lingerie sensual, depois um produto estimulante e acabam sempre buscando novidades”, afirma.

A empresária ressalta que, além dos acessórios, elas também têm procurado inovar com massagens e danças sensuais. “A procura é tanta que resolvemos lançar um curso de artes sensuais, que ensina essas mulheres a usar os produtos e a fazer um streep tease para o parceiro”, detalha.

Esse universo não é só para elas. Os homens também têm procurado, mesmo que de forma tímida, apimentar o relacionamento. “Na primeira vez levam uma coisinha mais sutil e, com o passar dos meses, vão substituindo para algo mais elaborado”, compara. Ione avalia que os homens ainda têm mais resistência na hora de ousar. “Em cerca de 90% dos casos são elas que vêm buscar algo e, com carinho e persistência, conseguem reanimar o relacionamento”, assegura. Segundo a empresária, é comum as clientes retornarem para agradecer as dicas.

Produtos mais pedidos

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“O casal precisa voltar a namorar”, diz especialista

A iniciativa de incrementar o relacionamento com um acessório ou produto é válida, segundo o ginecologista e obstetra de Arapongas, Enéias Prado, 49 anos. “O casal precisa voltar a namorar. Olhar o marido como homem e a esposa como mulher”, avalia. Conforme o profissional, a mulher tem meios para acompanhar este homem mais ativo sexualmente, principalmente depois do lançamento da pílula contra a disfunção erétil, como o Viagra, em 1998.

Prado explica que, para isso, é recomendado que a mulher siga três cuidados: faça o exame preventivo regularmente, exercícios físicos e cuide do psicológico. “Após os 45 anos, a mulher começa a perder a acidez natural da vagina, o que facilitar infecções. O órgão também fica mais fino e menos elástico. Esses fatores causam dor durante o ato sexual”, explica. Ele recomenda que a mulher não deixe de consultar seu ginecologista e conversar com ele. “Dependendo do diagnóstico, a paciente será encaminhada a fazer recomposição hormonal ou até mesmo fisioterapia ginecológica, para reativar a musculatura vaginal”, esclarece.

Para ele, não adianta a mulher ir à farmácia e comprar um estimulante sexual, porque não vai funcionar, principalmente se ela não estiver preparada psicologicamente. “Na maioria dos casos, os problemas não são físicos. As mulheres começam a achar que estão velhas demais para o sexo. Então, o parceiro precisa incentivar a sua mulher, com carinho, com um elogio, apoiar quando ela fizer algo diferente”, diz, ao enfatizar que a mulher é muito mais estimulada pela audição, pelo olfato, que pelo tato e a visão. Por isso, de acordo com ele, as idas aos sexy shop, geralmente, surtem efeito porque valorizam o visual, satisfazendo o homem. Ao mesmo tempo, os produtos trabalham com cheiros, favorecendo o olfato feminino.


O ginecologista salienta que a relação sexual é uma necessidade em qualquer fase da vida. “A atividade sexual, principalmente, gera mais liberdade, mais prazer em estar junto com seu companheiro, fazendo com que a afinidade não se perca,” avalia.

Segredo é não dar espaço para a rotina

A vendedora autônoma Odila Estefanuto, 57 anos, e o gerente de logística Jomar Alves, 41 anos, de Apucarana, estão juntos há mais de duas décadas. “São 22 anos de namoro”, garante ela, lembrando que não há espaço para a rotina no relacionamento. “Trocamos mensagens pelo celular, ligamos diariamente um para o outro. O tempo todo, quando estamos juntos, trocamos carinhos”.
Com 16 anos de diferença de idade, Odila comenta que precisou vencer seus próprios preconceitos. “Achava ele muito novo para mim. Meus filhos eram quase da sua idade, mas ele me convenceu, com carinho e persistência, e até hoje estamos juntos”, afirma. Odila era viúva na época em que conheceu Jomar.


De acordo com a vendedora, para manter o casamento saudável ela mantém a identidade. “Não abro mão de certas coisas, como alguns acessórios e roupas. Adoro óculos coloridos. Ele não gosta muito, mas uso porque é minha cara. Assim como as unhas cumpridas”, detalha.


Odila diz que até hoje mantém a rotina de se arrumar para o marido. “Sempre compro uma calça, um vestido bonito para usar quando vamos sair. Isso é legal porque surpreende o outro”, avalia. Além do vestuário, ela também investe em lingeries. “Uso de vez em quando, porque se usar todo perde a graça”, frisa.


Segundo a vendedora, ela e o marido preservaram nesses 22 anos de união os momentos a dois. “Sempre procuramos tirar um tempo só para nós, saindo para fazer as nossas coisas. Até hoje recebo e também dou presentes. Somos como dois namorados”, assegura.

Dicas para aquecer o relacionamento

1 – Não deixe a sua vida sexual cair na mesmice! Dar uma escapada, fazer uma surpresinha, inovar... Tudo isso deverá fazer parte da vida do casal. Nada de achar que sexo é para fazer apenas entre as quatro paredes do seu quarto!

2 – Estimule o seu parceiro de todas as maneiras. Massagens, velas ou incensos com fragrâncias estimulantes, uma iluminação especial, vale tudo! Use a sua criatividade e faça com que cada noite se torne inesquecível para vocês dois.

3 – Cultive as fantasias, quaisquer que sejam elas! Descobrir quais os desejos mais íntimos do parceiro é fundamental para não deixar a peteca cair. Quando o assunto é fantasia, o mais importante é ousar. Misture as vontades de vocês dois e torne esse momento além de muito prazeroso, extremamente divertido!

4 – Fale sobre sexo. Uma maneira fácil de estimular a libido é com palavras. Um telefonema inesperado, dividir as suas dúvidas, os seus desejos, tudo isso deve ultrapassar o momento do sexo em si. Uma simples conversa pode aproximar ainda mais o casal e dar um toque apimentado à noite de vocês.

5 – Para que todas essas tentativas deem certo, é essencial que você não transforme a sua cama em um ambiente propício para discutir a relação. O seu quarto deve ser um ambiente de intimidade, de fantasia e, sobretudo, de prazer para vocês!


BENEFÍCIOS DO ATO SEXUAL

Alivia as crises de enxaquecas
Melhora o aspecto da pele
Alivia as cólicas da TPM
Diminui os distúrbios do sono
Diminui o estresse
Diminui os riscos de infarto
Queima calorias
Tonifica os músculos
Aumenta a imunidade
Aumenta a auto-estima

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Garoto indiano


Garoto indiano colhe flores de planta aquática na vila de Galgalia
Foto: AFP

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Experiência sobrenatural com Maria


Era por volta do meio-dia, sob um sol escaldante, cansado, com fome, sem dinheiro, quando o ex-pastor da Assembleia de Deus Sidinehwoster Veiga, 40 anos, mais conhecido como Sidineh, hoje missionário católico, caminhou até a sombra de uma mangueira, na saída da cidade de Causueine, no Amapá, para descansar. Ele havia chegado à cidade às 9 horas para conhecer a comunidade. Lá, pretendia desenvolver um projeto social com adolescentes carentes.


Em seus planos ficaria hospedado na casa de um pastor assembleiano até retornar a Macapá. Era 2 de abril de 1996. Uma terça-feira marcada por uma experiência sobrenatural, segundo ele. Este dia foi o início de uma série de experiências marcantes e determinantes na vida do missionário, na época, pentecostal. Na última semana, ele esteve em Apucarana e contou mais uma vez para católicos e protestantes como disse “sim” a Maria.


Natural de Vigia de Nazaré, no Pará, Sidineh era conhecido como escritor e apresentador de programas evangélicos em duas redes de televisão e em uma emissora rádio da cidade de Macapá. Ele estava sem dinheiro, de acordo com seus relatos, porque havia pagado R$ 86 ao sonoplasta e deixado o restante com sua esposa. Mas teria resolvido ir até o interior porque havia sido desafiado por um irmão com uma própria frase sua de que para fazer a obra do Senhor não precisava de dinheiro. Com a voz serena e olhar tranquilo, ele conta que começou a limpar o solo arenoso com o pé direito e escorou com a mão direita na árvore. Estava de cabeça baixa questionando a Deus por que seus filhos sofrem tanto. “Minha vida desde menino foi nos teus caminhos, foi te servindo, glorificando. A minha mãe me entregou desde menino para a tua obra, eu vim aqui para fazer um trabalho e estou nesta situação, com fome, com sono, sem dinheiro. Por que seus filhos têm que sofrer tanto para fazer a tua obra?”, indagou revoltado. Na cidade não havia agência bancária compatível com as que Sidineh tinha conta.

O missionário afirma que quando soou meio-dia, levantou a cabeça e há cerca de três metros de distância estava uma mulher alta, morena, de cabelos pretos e longos, com uma roupa branca, que até hoje ele não sabe dizer se usava uma blusa com uma saia ou um vestido. “De onde estava, ela perguntou se eu tinha fome. Respondi que sim. E ela afirmou ‘você vai viajar’. Então, se aproximou e colocou algo em minha mão direita e passou pelo meu lado esquerdo. Quando abri a mão era um nota de 50 reais novinha em folha. Caí de joelhos no chão dando glória a Deus”, relata. O fato é estudo atualmente por bispos da Igreja Católica.



De acordo com o ex-pastor, assim que olhou novamente em direção à mulher já não a avistou mais. “Nessa hora tive a certeza que era algo sobrenatural e comecei a procurar na memória passagens sobre a presença de anjos. Era um anjo, porém representado por uma mulher”, assegura. O missionário recorda que estava chorando ainda embaixo da mangueira quando passou Jacó, um velho conhecido, que morava em Macapá e fazia frete na região, e lhe ofereceu uma carona. Para Veiga, este foi o segundo milagre que aconteceu naquele dia. Sidineh contou o que havia acabado de acontecer e seu velho conhecido não acreditou. “Só quando mostrei a cédula ele acreditou e começou a chorar dizendo que sabia quem havia feito aquela graça, mas como eu não era católico não iria me dizer porque não acreditaria”, relembra.



O ex-pastor chegou à sua casa, em Macapá, às 20 horas. Trocou de camisa e foi até o templo da Igreja Assembleia de Deus falar o que havia ocorrido  aos outros pastores. Ao final, quando mostrou o dinheiro, todos concluíram que era um anjo.


SEGUNDA EXPERIÊNCIA


Dois anos depois, Sidineh foi convidado a pregar num estádio em São Luiz (MA), num congresso para senhoras nos dias 18 e 19 de dezembro. No início do mês, ele resolveu viajar para Santa Isabel do Pará, cidade de seus familiares, amigos e sogros antes do congresso. O missionário se preparava diariamente com jejuns e orações para a grande pregação. No dia 15 de dezembro, ele retorna do templo central a casa do sogro e, quando ia atravessar a BR- 316, parou embaixo de uma árvore para descansar. Na cidade há uma imagem de santa Isabel de Portugal. “Olhei aquela imagem na minha frente e tinha algo diferente. Na frente da imagem havia um manto amarelo, naquele manto era como se um fogo estivesse acesso. Sobre a coroa a imagem tinha uma bola vermelha, omo se fosse o sol nascendo. Entre a coroa e a bola, tinha um traço com a letra A e um M”, assegura.

O missionário disse que olhou a imagem por uns três minutos. Naquele momento vinha um cunhado do ex-pastor do centro da cidade com uma bicicleta e o interrompeu. “Olho para ele e quando volto a olhar, a imagem já estava normal”, diz. Comentou o acontecido com a esposa e ela disse que deveria ser por causa do jejum. Na mesma noite sonhou com o fato acorrido. Além disso, teria visto flutuando ao lado da imagem a mesma mulher que viu em Causueine. Durante o sonho ainda teria recebido uma mensagem: “'Eu te escolhi, não temas. Tu converterás multidões antes do grande acontecimento. Encontrarás um que tudo te explicará. Muitas lutas enfrentarás, mas terá a vitória. E o que tu queres não te preocupes, tudo será resolvido”.

Sidineh era um pastor assembleiano fervoroso, que em muitos momentos já havia quebrado imagens de santos católicos. Em suas pregações, era enfático ao afirmar que os católicos estavam fadados ao pecado por adorar imagens e que à frente da Igreja estava o papa representando “a besta do Apocalipse”. O missionário acordou assustado e decidido a procurar um padre para entender o que estava acontecendo, mas o pároco não estava na igreja. Já chegava o dia de ir ao congresso de São Luiz e outros dois pastores vieram para acompanhá-lo.


TERCEIRA EXPERIÊNCIA

No dia 17 de dezembro os três iniciaram a viagem a São Luiz (MA). Ao chegarem a Marudá (PA), por volta das 16 horas, Sidineh foi chamado por um irmão para ir até a casa de um casal fazer uma oração para selar a separação. “Fiz a oração e o irmão me disse que estava vendo uma mulher. Eu não via nada. Então, ele a descreveu e não tive mais dúvidas. Pela primeira vez admiti que era Maria”, recorda. O casal por fim não se separou.


Assim que chegou ao templo, contou o que havia presenciado novamente e disse que não podia ser um anjo qualquer, mas que era Maria. Os pastores não permitiram mais que Sidineh os acompanhassem porque ele acabaria falando de Maria. “Falaria mesmo, mas não fui. Me senti rejeitado”, confessa.
Conversão, abandono e superação


Sidineh resolveu retornar e procurar mais uma vez um bispo da igreja católica. Enfim, o bispo de Macapá explicou a ele os textos bíblicos referentes a Maria e aos santos. “Quando terminou, me senti envergonhado por tantas vezes ter falado mal sem a conhecer. Ele disse que o que eu presenciei podia ser uma aparição de Nossa Senhora”, admite.


Sidineh continuava pastor da Assembleia de Deus, porém, falava da importância de Maria na vida de Jesus. “Chegou um dia que me falaram para deixar de falar de Maria nas pregações ou deixar de ser pastor. Escolhei deixar a religião ao qual fui alfabetizado. Comecei então a sentir as dores de ser cristão”, avalia.


Veiga passou a frequentar a Igreja Católica, algo impensável para a sua família de raízes protestantes. “Na minha família tem 14 pastores e minha mãe é diretora do Instituto Teológico de Macapá”, assinala. A mãe o expulsou de casa, a esposa o abandonou. Um ano e meio depois de frequentar o catolicismo, fez um novo pedido a Maria. “Minhas pregações sempre estavam baseadas na família e como podia falar de família se a minha estava destruída? Pedi a minha esposa de volta e no mesmo dia fui atendido”, ressalta.



De acordo com Veiga, a sua mulher, Eunice Campos Veiga, 40 anos, acabou se convertendo ao catolicismo, assim como os filhos Jhonatas, 20, e Natanael, 19. Apenas Sadrack, 22, continua protestante. A mãe também vai às suas pregações na igreja católica.



Os três filhos acompanham o pai em seus shows, enquanto a esposa canta junto com Sidineh. Ele já lançou três CDs com músicas em devoção a Maria. “Se Deus quis estar perto dela, quem sou eu para não querer”, indaga.

Atualmente, Sidineh e a família moram no Rio de Janeiro. Ele e a esposa trabalham no projeto de formação de missionários ‘Maria Santíssima’. Há quase 11 anos convertido ao catolicismo, Sidineh não cansa de viajar por todo o Brasil para contar sua experiência com Maria. E onde chega sempre é recebido por caravanas de católicos e protestantes, como aconteceu recentemente no Santuário São José, em Apucarana.

Matéria publica na Revista UAU -  17/10/2010

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Casamento não é coisa do passado

Amar, malamar, desamar e amar novamente. O amor é o sentimento que mais une o destino de homens e mulheres. Ao menos este é o motivo mais alegado pelos casais durante a realização do casamento ou mesmo quando decidem simplesmente morar juntos. Nos dias atuais, casar pode até parecer coisa do passado, mas a maioria dos jovens não abre mão de oficializar a união.


Pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em setembro deste ano revela que família e casamento estão longe de serem considerados ultrapassados pela maioria dos brasileiros. A Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2010 mostra que a taxa de casamentos legais no Brasil apresentou, em 2008, o seu maior índice desde 1999, com 6,7%. De acordo com o instituto, a taxa de matrimônios é calculada com a divisão do número de casamentos pelo de habitantes com mais de 15 anos de idade, multiplicando o resultado por 1.000.

De acordo com o estudo, 45,8% das pessoas com 15 anos ou mais são casadas, enquanto 42,8%, solteiras. A região Sul lidera o ranking dos casados, com 49,7%. Santa Catarina ocupa o primeiro lugar, com 56,1%, seguida pelo Paraná, com 50,5%, e São Paulo, em terceiro lugar, com 50,5% - o Estado está localizado na região Sudeste do País. Ainda segundo o levantamento, as mulheres casam mais entre 20 a 24 anos (29,7%). Já os homens, entre 25 a 29 anos (28,4%).

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Casar ou não, eis a questão!

Casar com véu e grinalda é o sonho de muitas mulheres. O casamento também é o desejo de muitos homens. Mas nem sempre um casal tem o mesmo ideal. Neste caso, a decisão de casar ou morar junto deve ser um exercício, em primeiro lugar, de amor. É o que afirma a psicóloga Ana Maria Batistella Toth, 57 anos, de Apucarana.

O importante, para ela, independente da forma de união, é começar a vida a dois com honestidade. “Casar ou não deve ser um acordo estabelecido pelo amor e não pela submissão”, afirma a psicóloga. De acordo com a profissional, iniciar a vida conjugal esperando mudar a opinião do outro ou por medo de perder o parceiro indica um relacionamento emocionalmente defasado. “Quando a vida a dois começa na desonestidade, mesmo que seja com seus próprios sentimentos, a relação está fadada a não dar certo”, avalia.

Ana Maria aconselha a ceder pelo outro quando essa atitude não vai torná-lo infeliz. “No dia a dia do casamento se exige muito o compartilhar, o partilhar, o doar-se ao outro, mas tudo isso com amor, não por medo de ficar sozinho,” frisa a psicóloga.

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AMAR

Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados amar?

Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?

Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o cru,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave
de rapina.

Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.

Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.


Autor: Carlos Drummond de Andrade

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Quando o mundo perde a cor

Vanuza Borges


 A depressão é uma síndrome psíquica caracterizada por desânimo, sentimentos de melancolia, irritação ou medo. Identificá-la, porém, não é tão simples quanto a sua definição. Conhecida como a doença do século XXI, atinge hoje cerca de 450 milhões de pessoas no mundo, segundo levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS).


Nas próximas duas décadas, segundo a mesma pesquisa, a depressão tende a ser a patologia mais comum em todos os continentes, superando o câncer e as doenças cardíacas. Mesmo com informações tão contundentes, ainda sobram resistência, preconceito e dúvidas sobre tratamento, prevenção e cura. Por anos a fio, os depressivos foram vistos como pessoas “frescas” ou loucas. Este estigma ainda persiste, levando muitos a não procurar atendimento médico. Segundo o psicólogo Gleyson Reis, 36 anos, de Apucarana, é muito difícil aceitar nossas fraquezas. Por isso, num primeiro momento, é comum negar. “Um dos sintomas mais comuns para esconder essas falhas é o isolamento. A pessoa procura ficar sozinha para mais ninguém perceber”, pontua. De acordo com ele, a negação é o primeiro mecanismo de defesa e a aceitação, o último.


A demora em admitir a depressão faz com que muitos passem por quadros depressivos sem procurar ajuda para o problema, tornando a patologia recorrente. Segundo o Ministério da Saúde, 25% dos casos são crônicos. A subjetividade é tida como o grande limitador, diferente de outras doenças em que os sintomas são visíveis.


“Coisa de desocupado”
Psicóloga
 Débora Menegazzo alerta que pessoas muito irritas podem ser 
depressivas

Segundo a psicóloga, Débora Mengazzo, 37 anos, de Apucarana, a maioria dos pacientes consegue continuar trabalhando ou cumprindo suas tarefas diárias, apesar de fazer com mais esforço e menor rendimento.

“Infelizmente, muitas pessoas passam por quadros depressivos acentuados e logo que melhoram abandonam o tratamento. Esta atitude torna-as vulnerável ao estresse, leve desânimo e irritação”, argumenta. De acordo com a profissional, existem, ainda, quadros crônicos desde seu início, que se prolongam por anos, com melhoras pouco significativas e retornos depressivos fortes.



A psicóloga alerta que a depressão não está associada somente ao caráter melancólico. “Pessoas muito irritadas, impacientes e nervosas também podem estar depressivas”, diz.

Uma pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2000, mostrou que o número de mulheres com depressão unipolar quase o dobro a de homens. A prevalência de episódios é de 1,9 por cento no sexo masculino e de 3,2 por cento no sexo feminino. A vulnerabilidade da mulher é maior no período pós-parto, na menopausa e pós-menopausa.


Mulheres lideram o ranking
: Psicólogo Gleyson Reis 
afirma que feito o tratamento completo a cura é quase certa



Para o psicólogo Gleyson Reis, historicamente as mulheres absorvem mais os sentimentos, toleram mais certas coisas que as insatisfazem, principalmente nos relacionamentos afetivos. Essa postura, com o tempo, leva a desacreditar no seu próprio potencial. “Altera a maneira de se perceber, afetando a auto-estima e levando à depressão”, sustenta.

Histórico Familiar


De acordo com estudos, ter um dos pais com depressão aumenta de 2 a 4 vezes o risco da criança desenvolver a doença ao longo da vida. “As tendências se repetem, seguindo os mesmos motivos. A predisposição precisa ser alimentada. O ambiente que vai emitir os estímulos determinantes. Se uma criança cresce em uma casa com pais tristes vai assimilar que a tristeza é normal ou pode achar que ela é a causa da tristeza”, explica o psicólogo.


Reis observa que a depressão não tem idade. Entretanto, é na fase adulta, entre os 20 e 40 anos, que compreende o maior índice de casos.


SINTOMAS

• Alteração do apetite (falta ou excesso de apetite);
• Distúrbios do sono (sonolência ou insônia);
• Fadiga, cansaço e perda de energia;
• Sentimentos de inutilidade, culpa, falta de confiança e baixa auto-estima;
• Prejuízos da concentração e memória;
• Pensamentos negativos, ideias recorrentes ou desejo de morte;
• Desinteresse, apatia e tristeza;
• Alterações do desejo sexual;
• Irritabilidade;
• Manifestação de sintomas físicos, como enjoos, dores musculares e abdominais.


CAUSAS

A depressão age de forma peculiar em cada pessoa. Pode ter origem espontânea ou ser desencadeada por fatores orgânicos ou ambientais, observa a psicóloga Débora Menegazzo. “Para um diagnóstico correto, os sintomas devem ser persistentes, porque todos nós podemos passar por episódios de tristeza, raiva, desânimo ou irritação”, afirma. O recomendado, de acordo com a OMS, é procurar a ajuda de um profissional de saúde sempre que esses sintomas persistam de forma aguda por mais de duas semanas.


As causas, segundo Débora, geralmente, estão associadas à interpretação pessoal dos eventos da vida e das habilidades que possui. Ela ainda acrescenta que a perda de pessoas queridas, dificuldades relativas a emprego, mudança de cidade, problemas financeiros e expectativas não alcançadas também influenciam. Além desses motivos, os de ordem médica deixam os pacientes vulneráveis, como câncer, doenças cardíacas, diabetes, tireóide, Parkinson, Alzheimer, epilepsia, infecção por HIV e derrame cerebral.


GRUPOS DE RISCO


• Histórico familiar de depressão;
• Sexo feminino – incidência da doença é maior em mulheres, principalmente no período pós-parto, na menopausa e pós-menopausa;
• Idade mais avançada;
• Episódios anteriores de depressão;
• Acontecimentos estressantes;
• Dependência de droga;
. Pessoas com tendência para ansiedade e pânico.
TRATAMENTO E CURA

A depressão é considerada uma das patologias mais tratáveis da medicina e da psicologia, analisa a psicóloga Débora Menegazzo. “Os depressivos jamais devem desistir de recuperar a saúde e não se acomodar com maus resultados ou recuperação incompleta”, frisa a psicóloga.

De acordo com a profissional, o tratamento se baseia em várias medidas, envolvendo medicamentos antidepressivos e ansiolíticos, psicoterapia, recondicionamento físico e atitudes voltadas à recuperação da qualidade de vida.


Para obter a cura completa e evitar recaídas, Gleyson Reis enfatiza que é necessário aguardar a alta. “Alguns casos são tratáveis somente com terapias, enquanto outros necessitam ser complementados com medicamentos. A terapia vai identificar a causa e o remédio vai melhorar o humor em um curto espaço de tempo, auxiliando na recuperação”, diz.

Segundo ele, quase 100% dos pacientes que fazem o tratamento completo ficam curados. Reis recomenda que a família leve a pessoa com sintomas depressivos ao serviço de saúde, sem questionar muito. “Tentar não invadir o espaço dela. Ficar conversando demais, porque, às vezes, o assunto incomoda. O ideal é levar ao consultório e ficar de olho, principalmente quando há tendência de suicídio”, aconselha.

O apoio da família é essencial, mas, segundo Débora, tentar motivar demais ou cobrar “força de vontade” do doente pode acabar prejudicando o quadro. “Compreensão, apoio, incentivo adequado e atenção são alguns comportamentos importantes para quem está próximo da pessoa doente”, diz. Ela indica também a leitura de livros, revistas e sites especializados sobre o tema para a família. “A informação ajuda a compreender melhor a doença e o paciente”, assinala.

RECAÍDAS E SUPERAÇÃO

Durante uma atividade com colegas de trabalho, Lúcia*, 43 anos, descobriu que andava ansiosa demais. A reunião motivacional havia sido organizada por uma psicóloga para avaliar o comportamento dos funcionários. “Ela passou um exercício e fiz em apenas 15 minutos. Quando entreguei, a psicóloga sugeriu que procurasse ajuda profissional, porque o tempo estimado para realizar a tarefa era uma hora e meia”, recorda.

Lúcia não relutou. “Procurei de imediato. Há algum tempo não dormia direito, estava com insônia e muito estressada. Demorei a perceber que o meu ritmo apressadinho estava me judiando. Fazia três, até quatro coisas ao mesmo tempo”, conta ela, que, além de mãe, esposa e dona de casa, mantinha uma rotina de dois empregos e ainda fazia faculdade à noite

.
Ela fez terapia durante um ano, mas só o acompanhamento psicológico não foi suficiente. “Também precisei tomar remédios”, confessa.


Tão logo se sentiu melhor, Lúcia abandonou o tratamento por conta própria. No entanto, o que ela não esperava aconteceu: a depressão voltou. “Um sentimento de solidão me invadiu, um desânimo total, chorava demais, não saía de casa, nada me satisfazia”, lembra. Lúcia voltou a fazer terapia e a tomar remédios por dois anos. Há seis meses, recebeu alta.

Ela faz questão de enfatizar que o apoio da família e a fé em Deus foram essenciais para o processo de cura. “Em casa, o tratamento foi coletivo. Eles tiveram muita paciência e foram persistentes. Não desistiram de mim”, diz.
*Nome fictício para preservar a identidade da vítima.
Matéria publicada na Revista UAL/Jornal Tribuna do Norte de Apucarana

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Boa parte dos casos de câncer no Brasil poderia ser evitada

Cerca de 30% dos casos de 11 tipos de cânceres pesquisados poderiam ser facilmente evitados no Brasil, de acordo com um estudo divulgado nesta quinta-feira, com a adoção de uma dieta saudável, a prática de mais exercícios físicos e um controle de peso adequado.
O relatório Policy and Action for Câncer Prevention (Política e Ação para a Prevenção do Câncer), uma parceria do Fundo Mundial de Pesquisas sobre Câncer (WCRF, na sigla em inglês) e do Instituto Americano para a Pesquisa do Câncer (AICR, na sigla em inglês), calculou a porcentagem dos casos de vários tipos da doença que poderiam ser evitados também nos Estados Unidos, na Grã-Bretanha e na China.

Os pesquisadores calculam que um quarto dos casos de câncer em países de baixo poder aquisitivo como a China poderiam ser evitados com esses hábitos saudáveis. Em países desenvolvidos, a proporção sobe para um terço.

O Brasil, como país de poder aquisitivo considerado médio, se encontra no meio do caminho entre estas duas proporções, segundo o relatório.

Brasil

Ao todo, 11 tipos de câncer foram estudados no Brasil e na China: o de boca, laringe e faringe (considerado uma única categoria); esôfago, pulmão, estômago, pâncreas, vesícula biliar, cólon, fígado, mama, endométrio (mucosa uterina) e rim. Nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, o câncer de próstata também foi pesquisado.

Os cientistas concluíram que cerca de 63% dos casos de câncer de boca, laringe e faringe no Brasil poderiam ser prevenidos, igual à proporção americana, um pouco menor do que a britânica (67%) e maior do que a chinesa (44%)


Em termos absolutos, o maior impacto seria na prevenção do câncer de mama, que é o segundo caso mais frequente da doença entre as brasileiras, atrás apenas do câncer de pele.


O Instituto Nacional do Câncer calcula que 49 mil casos de câncer de mama devem ser registrados no país em 2009. Consequentemente, segundo os cálculos da pesquisa, quase 14 mil casos poderiam ser prevenidos.



Recomendações


"Esperamos um crescimento substancial dos índices de câncer com o envelhecimento das populações, o aumento da obesidade, com as pessoas menos ativas e consumindo cada vez mais comidas pouco saudáveis", afirmou Martin Wiseman, diretor da pesquisa.


"A boa notícia é que isso não é inevitável e ainda podemos evitar uma crise, antes que seja tarde demais."
Entre as recomendações dos pesquisadores estão:

  • as escolas devem encorajar a alimentação saudável e as atividades físicas;
  • instituições de ensino não devem vender alimentos pouco saudáveis aos alunos;
  • os governos devem encorajar a população a caminhar e andar de bicicleta;
  • os governos devem tornar leis as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS);
  • a indústria alimentícia deve fazer da saúde pública a prioridade durante todos os estágios da produção.

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1957: Os Nove de Little Rock

Em 24 de setembro de 1957, o presidente Dwight  Eisenhower envia tropas militares a Little Rock, capital do Arkansas, para escoltar nove escolares negros que deveriam frequentar uma escola de brancos.


Final da década de 50 nos Estados Unidos: com base numa sentença da Corte Suprema, todas as escolas do país foram conclamadas a eliminar as restrições raciais. Também em Little Rock, capital do estado de Arkansas, as autoridades escolares começaram a preparar um plano de integração.
Chegou-se a um consenso: seriam mantidos os colégios exclusivos dos negros, mas alguns escolares negros teriam permissão para frequentar os colégios dos brancos. Foram escolhidos nove candidatos negros, seis moças e três rapazes, que deveriam frequentar a Central High School no ano letivo que se iniciava, juntamente com 1.900 escolares brancos.

Resistência aberta

Para muitos, no sul dos EUA, era inaceitável a eliminação da segregação racial nas escolas. Um dos principais adversários da integração era o governador de Arkansas, Orval E. Faubus. Ele conclamou abertamente à resistência e ordenou às tropas da Guarda Nacional de Arkansas que cercassem a escola.
No dia 3 de setembro de 1957, os escolares negros tentaram, pela primeira vez, entrar no colégio. Foram impedidos pelos soldados, os quais receberam aplausos frenéticos da turba de brancos, reunida diante do prédio da escola. No dia 4 de setembro, Elisabeth Eckford, uma das escolares negras, quase foi linchada pela multidão. Os soldados presenciaram o incidente sem intervir.

Mas logo a imprensa americana divulgou os acontecimentos e as autoridades federais ficaram cientes do conflito. Uma sentença judicial obrigou o governador de Arkansas a retirar, finalmente, as tropas da escola. No dia 23 de setembro de 1957, os escolares negros tentaram mais uma vez assistir às aulas.

O New York Times informou sobre os acontecimentos do dia da seguinte maneira: "Uma turba de manifestantes em pé de guerra, aos berros e histéricos, obrigou hoje nove escolares negros a deixarem a Central High School. Apesar da presença de um grande número de policiais locais e estatais para proteger os negros contra ataques, essas forças policiais acabaram desistindo em face da fúria de cerca de mil manifestantes brancos e, por volta do meio-dia, ordenaram aos alunos negros que deixassem a escola. A tentativa de integração durou 13 minutos. Os negros foram escoltados pela polícia através da turba e levados para as suas casas, sem serem feridos".

A posição de Eisenhower

No entanto, diversos repórteres, especialmente os negros, foram atacados e espancados pela multidão. Na noite de 23 de setembro, o presidente Dwight Eisenhower fez um pronunciamento pela televisão, dirigindo-se ao povo americano: "Como se sabe, a Corte Suprema dos Estados Unidos decidiu que são inconstitucionais as leis sobre a segregação racial nas escolas. Nossa opinião pessoal quanto à decisão não desempenha qualquer papel na imposição do cumprimento da lei. A base dos nossos direitos e liberdades individuais é assentada na garantia de que o presidente e o Poder Executivo apóiam e impõem as decisões da Corte Suprema. Se necessário, com todos os recursos à disposição do presidente".

O discurso do presidente deixou duas coisas claras. Em primeiro lugar, Eisenhower não era exatamente um paladino do movimento em prol dos direitos civis dos negros. A sua argumentação foi mantida quase exclusivamente no nível formal. Mas também ficou muito claro que o presidente estava decidido a acabar com a resistência em Little Rock. O conflito em torno dos nove escolares negros transformara-se também numa luta de poder entre as autoridades estaduais e federais.

Primeiro dia de aula "normal"

Como a situação em Little Rock continuasse inalterada, Eisenhower pôs todas as unidades policiais e militares de Arkansas sob o comando federal, no dia 24 de setembro. Além disso, enviou mil homens da 101ª divisão, uma tropa federal regular, para Little Rock. Os soldados postaram-se diante da escola e dissolveram imediatamente toda tentativa de agrupamento de manifestantes. Cada um dos nove escolares recebeu um guarda-costas, que o acompanhou à sala de aulas, montando guarda à porta, todo o tempo.
Com tal proteção, os nove escolares negros puderam a 25 de setembro de 1957 frequentar, pela primeira vez, um dia inteiro de aulas no seu novo colégio. Mas os nove adolescentes tiveram de enfrentar, sem qualquer amparo, as provocações verbais, sociais e, em parte, físicas dos seus colegas brancos. 
Rachel Gessat (am)

FOTO: AP


Texto; Deutsche Welle

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Bolinhas dosadoras do bem

Bolinhas dosadoras bebidas nas mãos do policial aposentado Nivaldo Rodrigues, de 46 anos, tem outra utilidade. De conta gotas de garrafas de pinga são transformadas em acessório de devoção. Mais que isso: o novo ofício iniciado há 10 anos, em Apucarana, faz parte de sua própria transformação de vida.


“Começou com um testemunho de vida, que eu ouvi dentro do Movimento do Cristma, o Aroldo Laurindo deu seu testemunho de vida usando a bolinha dosadora. Ele disse que aquela bolinha era a bolinha que tinha dosado a vida dele para a desgraça, que tinha dosado a vida dele para o fracasso. E, então, ele teve uma idéia de pegar essas bolinhas e fazer um terço, para aquela mesma bolinha que dosou a vida dele para o fracasso dosasse para a oração, para vitória. Achei fantástico o testemunho dele”, recordo Nivaldo Rodrigues.


Comovido com o depoimento, Nivaldo resolveu fazer o mesmo. Ele era um dependente do álcool em recuperação desde 1996 e encontrou na atividade uma maneira de se manter sóbrio e de ajudar ao próximo.


Longe da bebida, agora seus dias são bem diferentes.Quase todas as horas são dedicadas ao próximo e às atividades religiosas.


Ele reza o terço, ministra catequese na chácara do Cristma, coordena diocese e um grupo de vivência.


Foi nesta rotina descobriu que o acessório se compõe mais do que de simples bolinhas dosadoras.


“O terço já diz que é a terça parte de alguma coisa, o terço vem do rosário. Se você vê a cruz, foi em uma cruz que Jesus morreu, para salvar a gente do pecado”, diz. Ele explica que a primeira bolinha após a cruz significa que é Deus é único. As três seguintes representam a Santíssima Trindade, o Pai, o Filho e o Espírito Santo. E a próxima bolinha representa a oração que Jesus nos deixou, o Pai Nosso. Nivaldo ainda acrescenta que o terço é dividido em cinco mistérios, porque cinco foram as chagas de Jesus na cruz e de 10 em 10 porque 10 são os mandamentos da lei de deus.


Toda renda arrecada com a venda do acessório é revertida para caridade.O policial aposentado também vende os terços para comprar bíblias para os dependentes em tratamento na chácara do Cristma. A margem de lucro por peça vendida é de R$ 5. Nivaldo gasta em torno de 25 minutos para fazer um terço. As bolinhas são doadas por donos de bar e por uma empresa fabricante de bebidas em Jandaia do Sul.

*Matéria publicada na Revista Uau!/Jornal Tribuna do Norte/ em 19 de julho.

Texto - Vanuza Borges
Foto - André Henrique Veronez

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Ser Mulher



Depois das felicitações, homenagens e rosas pelo Dia da Mulher, às mulheres das rosas ficaram os espinhos, as pétalas murcharam o perfume exauriu. A desigualdade prevalece confirmada pelos números divulgados pelos institutos nacionais.

Uma semana antes do DIA DA MULHER os meios de comunicação começam a produzir reportagens do avanço da mulher no mercado de trabalho, mulher de sucesso, mulher em profissões até então dominada pelos homens, mulher que pratica esporte radical, mulher...

- Agência Brasil
Mulheres trabalham cinco horas semanais a mais do que os homens, de acordo com estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT). As mulheres têm uma jornada total semanal de 57,1 horas, contando com 34,8 horas semanais de trabalho e mais 20,9 horas de atividades domésticos. Já os homens têm uma jornada total de 52,3 horas semanais, sendo 42,7 horas de jornada de trabalho e 9,2 horas semanais de atividades domésticos. 
Outro dado importante da pesquisa mostra que parte significativa das mulheres trabalha como empregadas domésticas. Dos 42,5 milhões de mulheres que fazem parte da população economicamente ativa, 6,2 milhões são negras. Isso representa 15,8% do total da ocupação feminina. E, de acordo com o estudo, a maioria das trabalhadoras domésticas é negra. 

Cerca de 20% das mulheres negras ocupadas trabalham como empregadas domésticas e 24% delas têm carteira assinada.




 – R7
As mulheres no país estudam mais tempo, se preparam melhor para o mercado de trabalho, mas ainda ganham menos do que os homens, diz a Síntese de Indicadores Sociais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2008, divulgada na manhã desta sexta-feira (9).

Em 2008, as mulheres empregadas estudaram em média 9,2 anos, enquanto os homens estudaram 8,2 anos.
Entre as pessoas com 12 ou mais anos de estudo [nível superior completo ou incompleto], a desigualdade entre homens e mulheres é ainda maior. De cada 100 pessoas com 12 anos ou mais de estudo, 56,7 eram mulheres e 43,3 eram homens no país. Maranhão, Piauí, Sergipe, Pernambuco, Tocantins e Mato Grosso são os Estados com as maiores diferenças. Maranhão, por exemplo, tem 62,7 mulheres e 37,3 homens em cada 100.

Mesmo estudando mais, o número de mulheres no comando chega a 4,4% contra 5,9% dos homens. O salário também é bem diferente. A renda média dos homens é R$ 3.161 e das mulheres, R$ 2.497, uma diferença de R$ 664, ou seja, as mulheres recebem 22% a menos do que os homens.



 - Agência Brasil 
A candidatura de duas mulheres à Presidência da República, fato inédito no Brasil, vem tomando corpo na cena política. Mas... A proporção de mulheres na Câmara dos Deputados em relação ao número de homens reflete a maciça predominância masculina. De 513 parlamentares que compõem a Casa, apenas 45 são mulheres. Nenhuma delas ocupa cargo na Mesa Diretora. No Senado, a situação não é diferente. Das 81 vagas, apenas dez são ocupadas por mulheres. ( Não quero lembrar que foi na década de 1930 que o Sr. presidente Getúlio Vargas concedeu o direito ao voto às mulheres)

 
Paraná Online
Uma pesquisa da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) mostrou que cerca de 55% das mulheres do campo já sofreram algum tipo de violência. O estudo apontou ainda que a maior parte desses atos de violência (63,6%) foi cometida pelos maridos ou companheiros, de acordo com o trabalho "Violência contra as mulheres trabalhadoras rurais nos espaços doméstico, familiar e no movimento sindical", que ouviu 529 mulheres de diversas regiões do País. Elas também já sofreram ameaças de morte (27,6%), estupro marital (11,9%) e cárcere privado (4,3%).

Caros leitores, acho melhor parar por aqui. Não quero pensar na condição mulher dentro da religiosidade judaico-cristã, no islamismo ... e nem nas condições em que viviam no século passado. E também não quero adentrar nas políticas públicas para mulheres e aqueles cursos de artesanatos para mulheres como fonte para aumentar a renda da família.

Ser mulher em 2010 ainda é ...

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Lua Adversa

Tenho fases, como a lua 
Fases de andar escondida, 
fases de vir para a rua... 
Perdição da minha vida! 
Perdição da vida minha! 
Tenho fases de ser tua, 
tenho outras de ser sozinha. 

Fases que vão e que vêm, 
no secreto calendário 
que um astrólogo arbitrário 
inventou para meu uso. 

E roda a melancolia 
seu interminável fuso! 
Não me encontro com ninguém 
(tenho fases, como a lua...) 
No dia de alguém ser meu 
não é dia de eu ser sua... 
E, quando chega esse dia, 
o outro desapareceu... 


(Cecília Meireles) 

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A Bailarina E O Soldado De Chumbo

O Teatro Mágico






















De repente toda mágica se acabou
E na nossa casinha apertada
Tá faltando graça e tá sobrando espaço
Tô sobrando num sobrado sem ventilador
Vai dizer que nossas preces não alcançaram o céu?
Coração, que ainda vem me perguntar o que aconteceu
Conta se seu rosto por acaso ainda tem o gosto meu
Com duas conchas nas mãos,
Vem vestida de ouro e poeira
Falando de um jeito maneira
Da lua, da estrela e de um certo mal
Que agora acompanha teu dia
E pra minha poesia é o ponto final
É o ponto em que recomeço,
Recanto e despeço da magia que balança o mundo
Bailarina, soldado de chumbo
Bailarina, soldado de chumbo
Beijo e dor...
Bailarina, soldado de chumbo
Nossa casinha pequena
Parece vazia sem o teu balé
Sem teu café requentado
Soldado de chumbo não fica de pé
Nossa casinha vazia
Parece pequena sem o teu balé
Sem teu café requentado
Soldado de chumbo não fica de pé

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Haiti: somente a fé não estremeceu


A terça-feira de 12 de janeiro transcorreu normal até as 16h53, no Haiti, quando um terremoto de magnitude 7,0 na escala Richter devastou a capital , Porto Príncipe.  A cidade ficou em ruínas, mais de 70% das construções veio abaixo, mais de 80 mil haitianos morreram, mais de 300 mil ficaram feridos e mais de 1 milhão perderam suas casas.

O caos se instalou. As cenas seguintes eram de um país devastado, precisando de todos os tipos de ajuda. A toda hora nos portais de notícias uma nova informação, uma nova foto.  Uma entre tantas me chamou a atenção, era a imagem de Jesus Cristo crucificado. Somente aquele corpo magro pregado na cruz continuava em pé, a imagem da cruz pairava soberana entre os escombros. Jesus não caiu junto com seus irmãos terrenos, mas sua imagem ensangüentada se misturava com as de tantos haitianos. Não era um Deus de um reino distante, era mais um filho de Deus enfrentando as adversidades terrenas.

Jesus Cristo, em outro momento, parecia que olhava a multidão desabrigada. Pode-se dizer que Ele se manteve firme com seu povo e seu povo não deixou abalar a fé no Criador. Uma das primeiras ações foi construir igrejas nas comunidades que tentam se reerguer.


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ThyssenKrupp: os dois lado de uma mesma empresa

Hoje (21/01), os maiores portais de notícias do Brasil reproduziam uma matéria da agência  internacional de notícias Reuters. Logo em seguida li em outro site no Deutsche Welle com uma abordagem muito diferente. O que me impressionou é que este site com sede na Alemanha se preocupou mais com a situação dos pescadores brasileiros a própria impressa nacional que se contentou em reproduzir um material pronto.Confiram os dois textos!

ThyssenKrupp eleva investimento no Brasil para US$ 7,3 bi


Reuters

A ThyssenKrupp informou nesta quinta-feira que seu conselho de administração elevou investimentos em usina siderúrgica no Brasil para 5,2 bilhões de euros (US$ 7,39 bilhões) ante 4,7 bilhões de euros anteriores, o segundo aumento em cinco meses.
A companhia também divulgou que a maior parte de seus negócios registrou lucro no primeiro trimestre fiscal, permitindo ao maior grupo siderúrgico da Alemanha olhar para os próximos meses com otimismo cauteloso.
O presidente-executivo, Ekkehard Schulz, disse em reunião anual com os acionistas que as metas de lucro do grupo no atual ano fiscal até setembro de 2010 devem ser atingidas, graças a agressivos cortes de custos e medidas de reestruturação.
A empresa ainda elevou os investimentos em uma usina de aço inoxidável nos Estados Unidos em 10 por cento, para US$ 3,6 bilhões. Um investimento adicional de US$ 1,4 bilhão em uma usina de aço inoxidável adjacente nos EUA, que a empresa está adiando por dois anos, continua sem alterações.

Com essa leitura se tem a compreensão que é mais um investimento de uma multinacional.  A matéria a seguir fala da mesma empresa, porém, foi feita por outra empresa de comunicação, com sede na Alemanha, onde está a sede da ThyssenKrupp. Mais uma vez leiam, o texto é longo, mas no final terá outra opinião.


ThyssenKrupp é alvo de críticas de pescadores brasileiros


 Deutsche Welle
Pescadores da comunidade da baía de Sepetiba, no Rio de Janeiro, são contra a construção de um bilionário complexo siderúrgico e querem agora chamar a atenção dos alemães para o seu protesto.
 Luis Carlos Oliveira, 50 anos, é pescador desde os 9: nasceu no estado do Rio de Janeiro, numa região entre os rios São Francisco e Ingá, que fazem parte da baía de Sepetiba. O local, segundo o Instituto Estadual do Ambiente, órgão do governo do estado do Rio de Janeiro, é um criadouro natural para diversas espécies em suas áreas de mangue e zonas estuarinas, sendo a atividade pesqueira um importante suporte econômico e social para a região.
Acompanhado por um pequeno grupo de brasileiros, Oliveira está na Alemanha para brigar contra uma gigante da área da siderurgia, a multinacional alemã ThyssenKrupp.
O pescador representa outros 8 mil colegas de profissão que atuam naquele local e que têm, em comum, posição contrária à instalação da nova fábrica siderúrgica da Thyssen na cidade de Santa Cruz, região da baía de Sepetiba.
O grupo de Oliveira partipará da assembléia geral dos trabalhadores da Thyssen nesta quinta-feira (21/01) na cidade de Bochum e também conta com o apoio da Associação de Acionistas Críticos, organização alemã que briga por melhores condições de trabalho.
Segundo Makus Dufner, diretor da associação, a empresa já foi questionada há seis semanas pela entidade. "A administração e o conselho não ficarão livres de explicar o que se passa no Brasil", declaou Dufner à Deutsche Welle.
O protesto dos pescadores tem vários capítulos e agora busca apoio da sociedade alemã.

Impacto negativo na comunidade local

Segundo narra Oliveira, a chegada do empreendimento bilionário ao local transformou a vida da comunidade. Os pescadores reclamam que o primeiro impacto foi sentido quando começou a drenagem da área: naquela região, em 1996, houve um grande vazamento de metais de uma empresa que falira, a Ingá. O acidente causou desastre ambiental, mas, com o passar dos anos, os metais se sedimentaram e o ecossistema começou a se recuperar.
"As máquinas de drenagem, ao revirar o fundo da baía, fizeram esse metal voltar a circular na água. E ali é uma região de desova de peixes e de crustáceos. Com isso, a pesca caiu 80%", afirma Oliveira.
Segundo o líder da comunidade, a renda média de um pescador era de três salários mínimos por mês, mas agora a pesca não é mais viável. "Um pescador ali na baía tem outras cinco pessoas na família, em média. Contando tudo, são quase 48 mil pessoas prejudicadas porque não conseguimos mais pescar."
Por conta das denúncias, o empreendimento da Thyssen chegou a ser embargado em 2007: segundo documento do Ibama, a obra destruiu sem autorização uma área de dois hectares de vegetação de mangue, considerada de preservação permanente. A empresa também foi multada em 100 mil reais.
Atualmente, há nove processos na Justiça Brasileira contra a ThyssenKrupp, exigindo pagamento de indenização para 9 mil pescadores.

Ameaças de morte


Luis Carlos Oliveira, líder das manifestações, vive sob tutela do programa de proteção aos defensores dos direitos humanos do governo federal brasileiro. "Eu tive que me mudar e deixar a minha família pra trás. Eu fui ameaçado de morte várias vezes. Carros passavam em frente à minha casa dando tiros para cima, eu recebia ligações anônimas durante à noite", narra Oliveira.
O pescador acusa um funcionário da segurança do canteiro de obras da Thyssen de ser o responsável pelas ameaças. O homem passou a ser investigado pela polícia por ser suspeito de fazer parte de um grupo de milícia que agia na região. O caso recebeu atenção da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, presidida pelo deputado Marcelo Freixos.
A Thyssen informou que conduziu uma investigação própria e que não encontrou "qualquer indicação que baseasse as alegações contra o empregado", segundo a resposta enviada à Deutsche Welle. Ele deixou a empresa em novembro passado no âmbito de um programa de reestruturação, diz a Thyssen.

Thyssen nega acusações

Por meio de um documento enviado à Deutsche Welle, a empresa negou todas as denúncias, classificadas como infundadas. Destacou que o empreendimento tem apoio do governo brasileiro e que cumpre as normas da legislação nacional.
A empresa informou que recebeu da Secretaria de Meio Ambiente do Rio de Janeiro, em dezembro de 2009, um documento que atesta que o empreendimento segue as normas exigidas pelo estado.
Sobre a multa cobrada pelo Ibama, a Thyssen alegou que a destruição do mangue foi causada por uma empresa terceirizada e que a multinacional fez um programa de reflorestamento da área.
Segundo a empresa, os opositores ao projeto correspondem  a uma minoria da comunidade da baía de Sepetiba, e que apenas 10% da população local vive da pesca.

Projeto de 4,5 bilhões de euros

O complexo siderúrgico na Baía de Sepetiba vai custar 4,5 bilhões de euros, dinheiro investido pela ThyssenKrupp CSA Siderúrgica do Atlântico com recursos do BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social.
As obras começaram em 2005 e a unidade deve iniciar a produção até meados deste ano, com capacidade anual de produção de 5 milhões de toneladas de placas de aço.
Segundo a Thyssen, o empreendimento, o principal da empresa no Brasil, vai gerar 3.500 empregos diretos e outros 10.000 indiretos. Cerca de 60% das placas produzidas no Brasil serão irão para mercado norte-americano e o restante da produção será processada nas unidades alemãs da empresa.
Autora: Nádia Pontes

.....

E como  fica os pescadores e suas famílias? Como fica o meio ambiente? Já deu para perceber que o tal investimento será feito com dinheiro brasileiro. Mas, outra dúvida que persiste é por quê a imprensa brasileira não visitou a baía de Sepetiba, no Rio de Janeiro?
Essas duas matérias mostram a divergência de interesses. É isso que quero deixar registrado.

Tive a impressão que continuamos colônia, mas com a diferença que agora pagamos para manter os exploradores. Recebem capital brasileiro, “investem” ou talvez fosse melhor "exploram" e depois exportam, mais tarde a mesma mercadoria volta ao Brasil em forma de novos produtos com preços absurdos.

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