‘Kit de virgindade artificial’ provoca polêmica no Egito



O principal combustível da mais nova polêmica no Egito é um “kit virgindade artificial”. Isso mesmo – um kit que tem como principal elemento uma bolsa que é inserida dentro da vagina antes do sexo e que provoca um sangramento durante o coito, simulando algo como a perda da virgindade.


O produto, que custa pouco mais de 39 reais, leva o nome de Gigimo e, segundo informações do seu próprio site, promete tornar a primeira noite do casal inesquecível: “Não se preocupe em perder sua virgindade. Com este produto, você pode ter sua primeira noite de volta a qualquer hora. Adicione alguns gemidos e suspiros, que vai passar despercebido”.

Segundo o jornal The Telegraph, a polêmica surgiu quando um membro do partido conservador, Sayed Askar, declarou estar envergonhado. “O partido vai ser manchado de vergonha se permitir que este produto entre no mercado. Ele estimula as relações sexuais ilícitas”. Para quem não sabe, a cultura islâmica proíbe este relações sexuais, exceto dentro dos limites do casamento.

Abdel Moati Bayoumi, um proeminente estudioso islâmico, concordou e disse achar que a exportação do produto pode trazer mais prejuízos do que benefícios e vai mais além: “Quem faz isso, deve ser punido”.

O site do fabricante oferece o envio do produto para todos os países do Oriente Médio, que tem no Afeganistão, profundamente liberal, seu principal destino.

Para as mulheres que não querem usar o polêmico kit, um método cirúrgico de reconstrução de hímem é a solução. Entretanto, como o valor é mais alto, nem todas possuem recursos para tanto.

Curiosamente, o Egito é considerado um dos países mais liberais do Oriente Médio. Mas não se iluda com isso. Segundo um relatório da ONU de 2005, 52 de um total de 819 assassinatos no país foram “crimes de honra”.

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