Haiti: somente a fé não estremeceu


A terça-feira de 12 de janeiro transcorreu normal até as 16h53, no Haiti, quando um terremoto de magnitude 7,0 na escala Richter devastou a capital , Porto Príncipe.  A cidade ficou em ruínas, mais de 70% das construções veio abaixo, mais de 80 mil haitianos morreram, mais de 300 mil ficaram feridos e mais de 1 milhão perderam suas casas.

O caos se instalou. As cenas seguintes eram de um país devastado, precisando de todos os tipos de ajuda. A toda hora nos portais de notícias uma nova informação, uma nova foto.  Uma entre tantas me chamou a atenção, era a imagem de Jesus Cristo crucificado. Somente aquele corpo magro pregado na cruz continuava em pé, a imagem da cruz pairava soberana entre os escombros. Jesus não caiu junto com seus irmãos terrenos, mas sua imagem ensangüentada se misturava com as de tantos haitianos. Não era um Deus de um reino distante, era mais um filho de Deus enfrentando as adversidades terrenas.

Jesus Cristo, em outro momento, parecia que olhava a multidão desabrigada. Pode-se dizer que Ele se manteve firme com seu povo e seu povo não deixou abalar a fé no Criador. Uma das primeiras ações foi construir igrejas nas comunidades que tentam se reerguer.


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ThyssenKrupp: os dois lado de uma mesma empresa

Hoje (21/01), os maiores portais de notícias do Brasil reproduziam uma matéria da agência  internacional de notícias Reuters. Logo em seguida li em outro site no Deutsche Welle com uma abordagem muito diferente. O que me impressionou é que este site com sede na Alemanha se preocupou mais com a situação dos pescadores brasileiros a própria impressa nacional que se contentou em reproduzir um material pronto.Confiram os dois textos!

ThyssenKrupp eleva investimento no Brasil para US$ 7,3 bi


Reuters

A ThyssenKrupp informou nesta quinta-feira que seu conselho de administração elevou investimentos em usina siderúrgica no Brasil para 5,2 bilhões de euros (US$ 7,39 bilhões) ante 4,7 bilhões de euros anteriores, o segundo aumento em cinco meses.
A companhia também divulgou que a maior parte de seus negócios registrou lucro no primeiro trimestre fiscal, permitindo ao maior grupo siderúrgico da Alemanha olhar para os próximos meses com otimismo cauteloso.
O presidente-executivo, Ekkehard Schulz, disse em reunião anual com os acionistas que as metas de lucro do grupo no atual ano fiscal até setembro de 2010 devem ser atingidas, graças a agressivos cortes de custos e medidas de reestruturação.
A empresa ainda elevou os investimentos em uma usina de aço inoxidável nos Estados Unidos em 10 por cento, para US$ 3,6 bilhões. Um investimento adicional de US$ 1,4 bilhão em uma usina de aço inoxidável adjacente nos EUA, que a empresa está adiando por dois anos, continua sem alterações.

Com essa leitura se tem a compreensão que é mais um investimento de uma multinacional.  A matéria a seguir fala da mesma empresa, porém, foi feita por outra empresa de comunicação, com sede na Alemanha, onde está a sede da ThyssenKrupp. Mais uma vez leiam, o texto é longo, mas no final terá outra opinião.


ThyssenKrupp é alvo de críticas de pescadores brasileiros


 Deutsche Welle
Pescadores da comunidade da baía de Sepetiba, no Rio de Janeiro, são contra a construção de um bilionário complexo siderúrgico e querem agora chamar a atenção dos alemães para o seu protesto.
 Luis Carlos Oliveira, 50 anos, é pescador desde os 9: nasceu no estado do Rio de Janeiro, numa região entre os rios São Francisco e Ingá, que fazem parte da baía de Sepetiba. O local, segundo o Instituto Estadual do Ambiente, órgão do governo do estado do Rio de Janeiro, é um criadouro natural para diversas espécies em suas áreas de mangue e zonas estuarinas, sendo a atividade pesqueira um importante suporte econômico e social para a região.
Acompanhado por um pequeno grupo de brasileiros, Oliveira está na Alemanha para brigar contra uma gigante da área da siderurgia, a multinacional alemã ThyssenKrupp.
O pescador representa outros 8 mil colegas de profissão que atuam naquele local e que têm, em comum, posição contrária à instalação da nova fábrica siderúrgica da Thyssen na cidade de Santa Cruz, região da baía de Sepetiba.
O grupo de Oliveira partipará da assembléia geral dos trabalhadores da Thyssen nesta quinta-feira (21/01) na cidade de Bochum e também conta com o apoio da Associação de Acionistas Críticos, organização alemã que briga por melhores condições de trabalho.
Segundo Makus Dufner, diretor da associação, a empresa já foi questionada há seis semanas pela entidade. "A administração e o conselho não ficarão livres de explicar o que se passa no Brasil", declaou Dufner à Deutsche Welle.
O protesto dos pescadores tem vários capítulos e agora busca apoio da sociedade alemã.

Impacto negativo na comunidade local

Segundo narra Oliveira, a chegada do empreendimento bilionário ao local transformou a vida da comunidade. Os pescadores reclamam que o primeiro impacto foi sentido quando começou a drenagem da área: naquela região, em 1996, houve um grande vazamento de metais de uma empresa que falira, a Ingá. O acidente causou desastre ambiental, mas, com o passar dos anos, os metais se sedimentaram e o ecossistema começou a se recuperar.
"As máquinas de drenagem, ao revirar o fundo da baía, fizeram esse metal voltar a circular na água. E ali é uma região de desova de peixes e de crustáceos. Com isso, a pesca caiu 80%", afirma Oliveira.
Segundo o líder da comunidade, a renda média de um pescador era de três salários mínimos por mês, mas agora a pesca não é mais viável. "Um pescador ali na baía tem outras cinco pessoas na família, em média. Contando tudo, são quase 48 mil pessoas prejudicadas porque não conseguimos mais pescar."
Por conta das denúncias, o empreendimento da Thyssen chegou a ser embargado em 2007: segundo documento do Ibama, a obra destruiu sem autorização uma área de dois hectares de vegetação de mangue, considerada de preservação permanente. A empresa também foi multada em 100 mil reais.
Atualmente, há nove processos na Justiça Brasileira contra a ThyssenKrupp, exigindo pagamento de indenização para 9 mil pescadores.

Ameaças de morte


Luis Carlos Oliveira, líder das manifestações, vive sob tutela do programa de proteção aos defensores dos direitos humanos do governo federal brasileiro. "Eu tive que me mudar e deixar a minha família pra trás. Eu fui ameaçado de morte várias vezes. Carros passavam em frente à minha casa dando tiros para cima, eu recebia ligações anônimas durante à noite", narra Oliveira.
O pescador acusa um funcionário da segurança do canteiro de obras da Thyssen de ser o responsável pelas ameaças. O homem passou a ser investigado pela polícia por ser suspeito de fazer parte de um grupo de milícia que agia na região. O caso recebeu atenção da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, presidida pelo deputado Marcelo Freixos.
A Thyssen informou que conduziu uma investigação própria e que não encontrou "qualquer indicação que baseasse as alegações contra o empregado", segundo a resposta enviada à Deutsche Welle. Ele deixou a empresa em novembro passado no âmbito de um programa de reestruturação, diz a Thyssen.

Thyssen nega acusações

Por meio de um documento enviado à Deutsche Welle, a empresa negou todas as denúncias, classificadas como infundadas. Destacou que o empreendimento tem apoio do governo brasileiro e que cumpre as normas da legislação nacional.
A empresa informou que recebeu da Secretaria de Meio Ambiente do Rio de Janeiro, em dezembro de 2009, um documento que atesta que o empreendimento segue as normas exigidas pelo estado.
Sobre a multa cobrada pelo Ibama, a Thyssen alegou que a destruição do mangue foi causada por uma empresa terceirizada e que a multinacional fez um programa de reflorestamento da área.
Segundo a empresa, os opositores ao projeto correspondem  a uma minoria da comunidade da baía de Sepetiba, e que apenas 10% da população local vive da pesca.

Projeto de 4,5 bilhões de euros

O complexo siderúrgico na Baía de Sepetiba vai custar 4,5 bilhões de euros, dinheiro investido pela ThyssenKrupp CSA Siderúrgica do Atlântico com recursos do BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social.
As obras começaram em 2005 e a unidade deve iniciar a produção até meados deste ano, com capacidade anual de produção de 5 milhões de toneladas de placas de aço.
Segundo a Thyssen, o empreendimento, o principal da empresa no Brasil, vai gerar 3.500 empregos diretos e outros 10.000 indiretos. Cerca de 60% das placas produzidas no Brasil serão irão para mercado norte-americano e o restante da produção será processada nas unidades alemãs da empresa.
Autora: Nádia Pontes

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E como  fica os pescadores e suas famílias? Como fica o meio ambiente? Já deu para perceber que o tal investimento será feito com dinheiro brasileiro. Mas, outra dúvida que persiste é por quê a imprensa brasileira não visitou a baía de Sepetiba, no Rio de Janeiro?
Essas duas matérias mostram a divergência de interesses. É isso que quero deixar registrado.

Tive a impressão que continuamos colônia, mas com a diferença que agora pagamos para manter os exploradores. Recebem capital brasileiro, “investem” ou talvez fosse melhor "exploram" e depois exportam, mais tarde a mesma mercadoria volta ao Brasil em forma de novos produtos com preços absurdos.

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Jovem é condenado a 16 anos por matar dois no trânsito

Foi condenado a 16 anos de reclusão o jovem acusado de matar duas pessoas ao dirigir embriagado em Guarapuava, em abril de 2008. Diego Pereira dos Santos, 22 anos, foi considerado pelo juri popular culpado por duplo homicídio doloso (com intenção de matar), sendo um deles qualificado. 

Detido em flagrante, ele ficou preso até 30 de dezembro do ano passado, quando recebeu licença, para aguardar o julgamento em liberdade, mas voltou à reclusão logo após a definição da sentença. 

Santos estava alcoolizado e dirigia em alta velocidade quando atravessou a preferencial de um cruzamento. No julgamento, ele admitiu que tinha saído de uma festa e tomado medicamentos, além de bebida alcoólica. 

O fato de não haver marcas de freada no local foi utilizado pela acusação como argumento para a responsabilização do motorista. As vítimas foram um amigo, de 19 anos, que estava no veículo com Santos, e uma motociclista de 21 anos. Desde o flagrante, três pedidos de habeas corpus foram negados pelo Supremo Tribunal Federal. 

Para o promotor de Justiça, João Milton Salles, que atuou na acusação do caso, essa foi uma ''resposta à sociedade com relação a violência no trânsito causada pela imprudência''. A sentença foi a pedida pela promotoria do Ministério Público.


Fonte: O Bonde

Esse é um caso raro na Justiça brasileira. As sentenças, geralmente, não passam de cestas-básicas. Uma sentença como essa não se vê todos os dias. Não posso deixar de mencionar a reportem de domingo passado do Fantástico que mostrou vários casos de violência no trânsito, as mortes, as principais causas e algumas soluções implantas em municípios brasileiros e em diversos países. (VB)

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Seo Noel também faz pedido

Seo Noel já se foi. Mas, ainda me recordo de algumas cartinhas enviadas a ele. Durante o mês de dezembro, muitas crianças compartilharam seus sonhos, vontades e necessidades. Seo Noel se encarregou de ler milhares de cartinhas como estas:

Querido Papai Noel
Meu nome é Julia – nome fictício-, tenho 9 anos, meu sonho é ter roupas e sapatos para passar o natal com minha irmã de 10 anos, as roupas podem ser usadas. E se for possível, também quero uma cesta básica. É que meus pais não têm condições de comprar. Obrigada!

Papai Noel
Papai Noel, eu trabalho de empregada doméstica e minha filha tem 5 anos, o nome dela é Bianca – nome fictício-  e ela quer que  ganhar um carrinho de boneca. É que eu não posso comprar, eu ganho muito pouco e minha casa destelhou com a última chuva e nós tivemos que comprar as telhas. Se atender ao pedido dela, eu agradeço. Muito obrigada!
Ass: Mãe!

Seo Noel precisou da solidariedade de gente que ganhava a vida como empresário, ambulante, funcionário público, diarista, garçom, secretária, atendente, operário, dona de casa e tantas outras em sua missão de realizar sonhos. Sonhos como uma boneca nova, um carrinho de controle remoto, bicicleta- bicicleta era o desejo de todos, melhor, quase todos.
Alguns eram simples pedidos como uma cesta básica. Como negar um pedido tão elementar. Noel conseguiu realizar quase todos os desejos das crianças que enviaram suas cartinhas. Porém, ele sabe que muitas não escreveram porque não acredita mais na magia do natal. E há aquelas que não escreveram porque o desconhecem, desconhecem seu endereço.
Tudo bem que seo Noel não tem um endereço fixo. Mas, seu espírito pode surgir em qualquer um que queira fazer a infância de alguém mais feliz, mesmo que por poucas horas, com a alegria de receber um presente novo.
Seo Noel, este velhinho de barba branca e barriga sobressalente, também tem desejos e um dele persiste o ano todo. Ele pede ao Criador que provenha alimento a todos os seus filhos, principalmente aos pequeninos. Porque acredita que não é preocupação de criança pensar se arroz, o feijão, o pão e leite serão suficientes para mais um dia.

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2010: a rotina e o drama de cada dia

Depois das férias, a rotina se impõe, com 253 e-mails na caixa de mensagem e vários spams. Lógico que não li nem 5% dos e-mails. A maioria são news que assino. Os poucos que li relatavam tragédias naturais, assassinatos, assaltos, roubos... Acho que comecei 2010 dando muito espaço ao drama, a dor. Queria ter dedicado minha leitura a temas felizes como aprender a fazer francesinha e as tendências que irão “bombar” no inverno segundo as grifes que desfilam suas coleções no Fashion Rio. Não deu. Meu gosto pela tragédia prevaleceu. E lá fui eu clicando nos links de polícia e nos destaques dos sites, a maioria voltada a tragédias.


Realmente os jornalistas se apegam muito a tragédia. Será? Lembrei-me que faz parte da missão do jornalismo mostrar o que há de errado na sociedade. Pelo visto, tem muita coisa errada. E o tráfico de drogas parece ser a fonte de 90% de todas as tragédias. Só aqui em Apucarana, dois jovens foram mortos neste fim de semana. E olha que a cidade é tranquila. Outro foi baleado e continua internado. Isto fora as brigas, ameaças, roubos e lógico o trânsito. Não verifiquei o obituário do jornal para verificar quem morreu. Achei que seria demais.

Olha, 2010 começou pesado demais para mim. Não é nada bom saber que enquanto tomava sol na praia, o irmão era assaltado. Vem aquela sensação de que nunca mais poderia ver alguém que sempre esteve junto e tem tantos sonhos a realizar. É estranho quando a violência nos atinge, vem sempre uma sensação de impotência tão grande.

Ah, e como sempre não posso deixar de relatar os fatos que presencio aqui da janela do quarto andar. Bom, quando cheguei aqui na sexta-feira, a cena era um acidente de trânsito. Após ouvir um grito estarrecedor e correr para janela, estava lá uma jovem estirada em baixo de um caminhão. A equipe do bombeiro chegou rápido. Hoje, só presenciei um pequeno acidente de trânsito, mais uma vez o trânsito, foi uma pequena batida entre uma Kombi e um Biz. Não teve feridos.

As seis, pelo que parece, irei até o terminal urbano e pegarei o ônibus que me levará para casa. Depois de conversar um pouco com os familiares em casa, tomar um banho, comer umas “besteirinhas”, é hora de dar continuidade a uma monografia. Ah, espero essa noite dormir em paz sem gritos histéricos vindos da rua de uma provável discussão de meninas por causa de garotos. Me poupe!!! Por favor!

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