A herança de punir as crianças com agressões às vezes culminam em morte. O desequilíbrio psicológico predomina em momentos que deveriam ser de diálogos e casos como o de Isabella Nardone, Josef Fritzl e o abandono de um garotinho de dois anos na BR, 415, próximo a Itabuna (BA), irrompem a violência infantil velada dos lares.
Como entender o mundo mágico das crianças e educar para viver no mundo de gente grande? Essa é uma missão quase impossível. O escritor polonês, Janusz Korczak, em seu livro, "Quando Eu Voltar a Ser Criança" delata o esquecimento dos adultos de seus dias de brincadeiras e às vezes aplicam as mesmas punições que consideram abusivas em seus filhos.
Para tentar entender esse comportamento a psicóloga, Marisa de Paula analisa a situação sobre a ótica da psicanálise de Sigmund Freud e da psicologia comportamental de Burrhus Frederic Skinner. Ela explica que a cultura de bater nas crianças dentro da psicanálise pode ser explicada pelo comportamento agressivo ou pela repetição. "É comum adotar a mesma metodologia dos pais" frisa.
Marisa alerta que nos dias atuais está ocorrendo uma regressão à tática de punir com agressões por acreditar que as crianças de ‘antigamente’ eram mais comportadas porque tinham mais limite. O que a psicóloga não considera uma verdade. Outro ponto avaliado é a estrutura do casal e o significado do filho na vida deles. "Em qual situação essa criança foi gerada?", questiona apontando que pode ser mais um motivo de desavença.
Já seguindo a linha psicológica de Skinner, Marisa destaca que temos a tendência de ressaltar mais as ações negativas e puni-las com mais rigor. "Quando deveríamos fazer o oposto enfatizar as ações positivas. No entanto, não é a melhor maneira de educar", afirma.
O ideal é ensinar as responsabilidades e os deveres que as crianças têm brincando. Por exemplo, uma criança de dois anos não tem estrutura física e psicológica para arrumar o quarto sozinha. "A mãe pode começar a ensinar isso brincando, até ela perceber a necessidade e tiver idade suficiente para fazer essa tarefa" aconselha. Em outros casos, a psicóloga receita dialogar e mostrar a necessidade e a importância de determinada atividade.
Texto produzido durante as aulas de jornalismo on-line (prof. Luis Paulo Potenza Xavier- 1º semestre de 2008) na facnopar.
3 comentários:
Você ria tão baixinho mais fazia tremer todo meu coração, talvez eu e sua mãe fossemos imaturos demais para toda essa responsabilidade, de cuidar de um filho e de mostra a ele toda maravilha do mundo, diante de tantas coisas malucas, que invade nossas cabeças, que vive pinchada nos muros das cidades.
A violência infantil ainda amedronta nossos corações em cada reportagem, mas quando a criança entra feito um foguete pela casa, com os pés cheio de barro, gritando para todo quarteirão ouvir, é inevitável não dar umas palmadinhas. A educação com um certa dose de agressão é cultural, infelizmente...
É preciso criar novos hábitos e não apenas criticar os antigos, pois também somos contribuidores daquilo que rejeitamos hoje de alguma forma, pois quantas vezes fizemos algo para que fosse diferente?
Desculpa a noite sem gelo não ajuda meu tico e teco.
Gostei do que você escreveu, você sempre sabe como colocar as coisas direitinhas no papel.
Beijos no coração.
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