A existência da tecnologia DIME é conhecida desde o início dos anos 2000.
Dois médicos que acabam de passar dez dias na Faixa de Gaza suspeitam de que o Exército de Israel tenha utilizado uma arma pouco conhecida chamada Dime (Dense Inert Metal Explosive), que produz uma explosão muito forte em um raio limitado.
Dois médicos que acabam de passar dez dias na Faixa de Gaza suspeitam de que o Exército de Israel tenha utilizado uma arma pouco conhecida chamada Dime (Dense Inert Metal Explosive), que produz uma explosão muito forte em um raio limitado.
"Trata-se de uma nova geração de explosivos, extremamente potentes em um raio de cinco a dez metros", declarou a jornalistas um dos dois médicos, Mads Gilbert, no aeroporto Gardermoen de Oslo.
Mads Gilbert, 61 anos, e seu colega Erik Fosse, 58 anos, foram enviados em 31 de dezembro à Faixa de Gaza pela associação humanitária norueguesa NORWAC, uma ONG pró-palestina. Eles afirmaram ter observado durante seu trabalho no hospital Al-Shifa, na Cidade de Gaza, ferimentos comprovando a utilização de projéteis DIME.
"Não chegamos a ver diretamente as vítimas destas armas, porque elas são geralmente despedaçadas e não sobrevivem. Observamos várias amputações extremamente brutais que acreditamos terem sido provocadas por armas DIME", explicou.
A existência da tecnologia DIME é conhecida desde o início dos anos 2000. Gilbert acusou o Exército de Israel de ter utilizado estas armas em 2006, durante a guerra entre Israel e o movimento xiita libanês Hezbollah. Como é As armas DIME combinam um explosivo, partículas de carbono e um pó obtido com a mistura de metais pesados e tungstênio. O tungstênio serve para conter a explosão em um raio relativamente restrito, para limitar ao máximo os danos colaterais.
FONTE: France Presse
Comentário a parte
As fotos das últimas guerras te causam impacto? Te choca? Te incomoda?
Parece um cenário de fim de ano quando o céu fica todo iluminado? A mim, incomoda, choca, incomoda, causa indignação, sentimento de impotência múltipla, me deixa mal, melancólica, triste...
Parece um cenário de fim de ano quando o céu fica todo iluminado? A mim, incomoda, choca, incomoda, causa indignação, sentimento de impotência múltipla, me deixa mal, melancólica, triste...
Me pergunto todas as vezes que vejo essas imagens do grande espetáculo de luz, o que fica no chão? Não sei se imagino demais, sentimentalista demais... mas, para mim, a imagem que surge é de semelhantes meus, seres humanos, mutilados, mortos, sangue escorrendo pelas ruas, fome, muita fome, muita dor. E eu aqui assistindo tudo do sofá de casa. Impotente.
2 comentários:
É triste mesmo...
Caso esteja mesmo sendo utilizada essa bomba, é mais uma prova da pífia evolução do ser humano ao longo desses milhões de anos de existência. Novamente, é a ciência, conquistada graças a vida e ao esforço de todos os homens que passaram pela Terra sendo usada para matar o próprio homem. Se desenvolver para se exterminar: eis a nossa lógica existencial.
Quem é culpado por mais esse extermíno? Israel? o Hamas? o Bush? Bodes expiatórios: realmente existe maiores e menores graus de culpa por isso, mas acredito que a responsabilidade é genérica. Não só pelo novo velho conflito que estamos assistindo, mas por todos os conflitos que já existiram. Afinal, apesar de alguns nós, brasileiros, ficarmos indgnados com as barbáries que acontecem em guerras declaradas ou não (como a do Rio), minutos depois deitamos nossa cabeça cansada no travesseiro e dormimos o sono dos santos. É da nossa cultura assistir ao jornal como quem assiste a novela e restringir nossa ação às orações (importantes, mas insuficientes) que fazemos antes de deitar.
Sonho com o dia em que eu e a maioria dos meus colegas e amigos, que nos orgulhamos tanto dos feitos da galera corajosa que combateu a Ditadura, sonho que façamos algo de efetivo pela paz. A conscientização, a união, a luta. Mudando a forma de pensar, depois o nosso quintal, a nossa rua, o nosso bairro, com o tempo, e sem pouco esforço, mudaremos o Rio, o Brasil, e até - por que não ? - o Oriente Médio.
Paremos de falar em democracia e façamos democracia! ParticipAção. To cansado de aspirantes a teóricos que lutam deitados no mesmo sofá que a Vanuza se refere no texto. Torço para que não seja necessário a mira se virar pra gente e o vidro da Tv se quebrar. Será preciso estilhaços e sangue para despertar-nos que tudo isso é real?
Uma tremenda covardia, contra as crianças principalmente.
Mas Vanuza me pergunto sempre o motivo, talvez as pessoas de lá tenham muito mais culpa que nós imaginamos, eles acreditam sem questionar tudo o que lhes é imposto pelos seus líderes, na maioria extremistas e fanáticos.
O Cássio está certíssimos, a mudança tem que vir das pessoas. De todos nós.
Todos temos plena consciência do que devemos fazer, e não só vc, mas eu, vc e o Cássio e todos continuamos esperando e esperando uma solução para tudo isso.
Esta nova arma é o que nós sabemos, e o que não sabemos? Existe tanta crueldade que não podemos nem imaginar...
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