Além das retinas existe um mundo tão vivo quanto ao que enxergamos. Este ano faz 200 anos que nasceu Louis Braille, inventor da escrita para cegos. Depois de dois séculos, os portadores de deficiência visual ainda encontram dificuldades para encontrar escolas adequadas, espaço profissional, livros e reconhecimento de suas habilidades.
A ignorância talvez seja a maior cegueira. Impossibilita de desenvolver a civilidade e crescer como seres humanos dotados de conhecimento. Faltam conhecimento e discernimento na esfera pública quando reserva determinado números de vagas para deficiente e se esquece de trabalhar outros pontos. As vagas, em geral, ficam em abertas. E logo dizem que os deficientes estão acostumados a receber seus benefícios.
Quando se alimenta este pensamento, comete-se um erro grotesco. É um erro porque – não conheço na região do Vale do Ivaí, Londrina e Maringá, governos que tenha programas de inclusão social efetivo. As vagas existem para ser feita a inserção no mercado de trabalho e social. No entanto, o trabalho psicológico e de assistência social para verificar o estado que os portadores de deficiências se encontram não é feito. Desta forma, não é possível verificar o nível de auto-estima que se tem. A insegurança em suas aptidões faz com que, na maioria das vezes, não troquem o “certo pelo duvidoso”, alimentando inconscientemente uma estagnação social.
É preciso mais atenção às pessoas na sua totalidade. Fazer com que elas se desenvolvam, produzam, contribuam para o desenvolvimento do seu meio social e de si mesmas, se insiram nesse mundo caótico. E as pessoas deste mundo caótico não se percam na cegueira de sua rotina e dificulte o caminho de quem precisa de oportunidade. Oportunidade, não. Todos tem o mesmo espaço - direito natural. Talvez, o melhor a ser feito pelos civis,enquanto os representantes legais da sociedade prorrogam, é ajudar estas e outras pessoas a conquistar o espaço nesse mundo globalizado.
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