Beleza e saúde na ponta dos dedos


Unhas refletem tendências de esmaltes, personalidade da mulher e também como anda o funcionamento do organismo. Alteração na cor da lâmina pode ser um sinal de que algo vai mal!


A paixão da mulher brasileira por pintar as unhas a consagrou como a segunda maior consumidora de esmaltes do mundo, atrás apenas das americanas. Esmaltemaníacas, elas usam o produto para demostrar a personalidade e o estado de espírito. Entretanto, poucas sabem que a unha também reflete o bem-estar do organismo.

As alterações na cor da lâmina da unha pode ser o anúncio, por exemplo, de várias enfermidades. De acordo com a dermatologista Letícia Rathlew de Lima, de Apucarana, manchas podem indicar a presença de anemia, tireoide, doenças do coração, contaminação por chumbo e até câncer.

Como perceber as alterações se as unhas, muitas vezes, passam meses sem uma pausa na esmaltação? Além de observar a unha na hora da manicure, a especialista recomenda deixar a unha no mínimo três dias sem esmalte. A suspensão na esmaltação é necessária, segundo ela, para a unha, placa de tecido vivo, respirar e se recuperar das agressões químicas, como ressecamento e manchas, causadas pelo uso de esmaltes e acetonas.

Segundo a especialista, a maioria das marcas é causada por alergia ao esmalte, ingestão de medicamentos, produtos químicos e deficiência nutricional, que pode resultar na síndrome das unhas frágeis, que atinge 20% da população. A dermatologista explica que, geralmente, este quadro decorre de uma alimentação pobre em frutas e vegetais.  Traumas físicos, como tropeções, também podem ocasionar irregularidades. “Às vezes, as alterações podem não ser nada, como podem ser algo gravíssimo”, diz. Para não ficar encanada, quando tiver dúvida, Letícia aconselha procurar um médico.

Com alguns cuidados simples é possível ficar bonita e evitar as principais doenças dermatológicas: a micose, a inflamação ao redor da unha e a unha encravada. A alta incidência de inflamação nas unhas é provocada pelo hábito contraindicado de retirar a cutícula. Letícia explica que a cutícula age como um selante, quando retirado, para deixar o contorno da unha mais bonito,
abre-se uma porta de entrada para fungos e bactérias, responsáveis por inflamações e infecções.

A especialista explica que as micoses são provocadas por fungos e devem ser tratadas com medicamento via oral. Já a grande causa de unha encrava é o corte inadequado, além de uso de sapatos apertados e trauma local. O tratamento, muitas vezes, precisa recorrer à intervenção cirúrgica
. Para impedir qualquer tipo de contaminação, o ideal, segundo Letícia, é ter próprio quite de manicure e higienizá-lo com álcool toda vez que for usar. Caso use o material do salão, estes devem ser esterilizados na autoclave.

A dermatologista recomenda algumas dicas para deixar as unhas, as mãos e os pés lindos e saudáveis. Para evitar o ressecamento, por exemplo, nada melhor que hidratar com cremes específicos, para cada tipo de pele. O ato de lixar o pé deve ser feito somente a cada duas semanas, o excesso engrossa a pele. No caso de calosidade, é preciso aplicar produto específico e usar palmilhas de silicone.

Para as alérgicas, ela aconselha trocar os esmaltes convencionais por hipoalérgicos. A indústria de cosméticos também oferece produtos exclusivos para crianças. “O ideal para ter unhas bonitas e saudáveis é não tirar cutícula, usar luva para manipular qualquer produto químico, dar pausa no esmalte e ter uma alimentação saudável”, completa. Uma unha saudável deve ser flexível, brilhante, lisa e sem irregularidades na lâmina. 
Matéria publica na Revista UAU! / Jornal Tribuna do Norte

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Uma questão de fé

Quando a ciência já não responde mais as perguntas e os diagnósticos eliminam as esperanças de um amanhã, crer em algo ou alguém superior às restritas capacidades humanas, às vezes, é a única saída para entender as adversidades da vida. É o meio para acalentar a alma, repor as energias e seguir em frente. Na semana consagrada a Nossa Senhora da Conceição Aparecida, a Padroeira do Brasil, devotos não escondem o prazer de contar as graças recebidas por intermédio da santa, que surgiu das águas turvas do Rio Paraíba do Sul.

A imagem foi encontrada por pescadores. Na rede apareceu primeiro o corpo, depois a cabeça. Era 12 de outubro de 1717 e a figura representava Nossa Senhora da Conceição. Após o achado, a pescaria minguada se tornou farta, abarrotando as redes. Mais de três séculos depois, a devoção pela santa milagrosa ainda se espalha por todos os cantos do Brasil.

Para agradecer as bênçãos recebidas, fiéis caminham quilômetros até o Santuário Nacional de Aparecida, na cidade de Aparecida, interior de São Paulo. Cerca de 20 mil devotos vão até a Sala das Promessas ou ‘Sala dos Milagres’, como é mais conhecida, todos os meses para pagar ou fazer uma promessa, na incessante renovação da fé.

Mas não é preciso ir até lá para ouvir histórias de graças concebidas. Esta semana a reportagem da Revista UAU! conversou com duas famílias que tiveram suas vidas transformadas pela fé em Nossa Senhora Aparecida. Confira!




“Durante as minhas orações, vejo

Nossa Senhora”, afirma empresário



Quatro vezes ao dia, o empresário apucaranense José Gomes, 55 anos, faz uma pausa para fazer suas orações. É na capela de sua casa que ele conversa com Nossa Senhora Aparecida. De joelhos no oratório, pede em favor dos amigos, familiares, conhecidos e até desconhecidos. “Quase todos os dias alguém me liga pedindo uma oração”, diz Zé Gomes, como é mais conhecido.

Todos os dias, às seis da manhã, na hora do almoço, à meia-noite e às três da manhã, ele vai até a capela orar. “Quando olho pela janela, durante as minhas orações, vejo a imagem dela cintilando para mim. Às vezes, estou orando por alguém e peço um sinal e aparecem luzes no céu, como se fosse uma estrela caindo”, descreve.

Em alguns casos, não é preciso nem pedir a oração. “Quando sinto que a pessoa está precisando, o nome dela vem no momento em que estou orando. Então, peço para que Nossa Senhora interceda por ela, que a liberte”, confidencia. Em pouco tempo de conversa, o empresário desfia histórias que, segundo ele, tiveram a intercessão da santa. São inúmeros casos de cura e até de morte. “Muitas vezes a libertação da pessoa não está na saúde, mas na morte”, assinala.

Zé Gomes, mesmo com a rotina agitada, encontra tempo para orar e visitar enfermos nos hospitais ou até em suas casas. Ele também ajudou na construção e reforma de mais de 10 igrejas da cidade, além dos remédios que compra com frequência às pessoas necessitadas. A Câmara Municipal inclusive lhe concedeu o título de Cidadão Honorário por causa de sua generosidade.

Mas isso não é tudo. A ligação de Zé Gomes com Nossa Senhora Aparecida vem de longa data. Desde os 8 anos de idade ele já era devoto, mas foi há 20 que recebeu um dos maiores milagres de sua vida. “A minha filha caçula, Juliane, foi curada de um coágulo no cérebro. Os médicos haviam dito que ela teria sequelas profundas para o resto da vida”, lembra. “Fui até Aparecida e pedi que me enviasse um sinal. Três meses depois fizemos uma nova tomografia e não havia mais nada. Ela estava curada”, afirma.


PROTEÇÃO

Segundo Zé Gomes, nem as convulsões – que eram frequentes - voltaram a acontecer. “Todos os anos vou até o Santuário com toda a família para agradecer a bênção recebida”, diz. Ele e a esposa Claudia, 50 anos, que se converteu ao catolicismo depois da graça alcançada, caminham de Pindamonhangaba (SP) até a Basílica de Aparecida ao lado das filhas, genros e netos. São cerca de 12 quilômetros a pé. “Nossa Senhora também já me protegeu durante um acidente em 2001. O carro em que eu estava bateu de frente com um Passat e seis pessoas morreram. Tive apenas um corte na mão e outro na boca”, recorda.

A biografia de Zé Gomes não impressiona apenas pela fé. Sua trajetória, por si só, impressiona. Hoje quem olha de relance o empresário bem sucedido não imagina que teve uma infância humilde, pois aos 8 anos já trabalhava como engraxate para ajudar a sustentar a família. O menino que conseguiu cursar apenas o primário trabalhou em várias empresas. Apesar de não pedir bens materiais, com sua dedicação e inteligência, chegou a ser gerente de uma agência bancária de Apucarana.

Matéria publicada na Revista UAU! de 09/10/2011 - Jornal Tribuna do Norte de Apucarana

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O fim das aflições

Sinais anunciam a chegada de um novo tempo, uma época em que a violência, a guerra, a escravidão, a fome, a miséria e outras injustiças sociais não passarão de meras palavras e lembranças. Indícios da proximidade desses dias de paz e prosperidade poderão ser vislumbrados com mais facilidade a partir de 2052. Segundo a doutrina espírita, esta seria a data para o início da fase de “Regeneração” da Terra, que vem passando por um período de transição.


De acordo com Tânia Caldeira, 39 anos, secretária do Grupo Espírita Mensageiros da Paz em Apucarana, a Terra já foi um “Mundo Primitivo” e hoje vive o estágio de “Provas e Expiações”. “Estamos caminhando para deixar o mal para traz”, afirma. A conquista dos direitos sociais é apontada por ela como um exemplo deste novo panorama. “Durante o regime escravista brasileiro (1530-1888), quantas pessoas questionavam as condições dos negros? Poucas. Hoje, quantas questionam o apedrejamento da iraniana Sakineh Ashtiani? Milhares,” compara. Isso seria uma amostra da preocupação das pessoas em favor do bem-estar do ser humano.
A emancipação política da mulher, para Tânia, é outro sinal da evolução humana. No Brasil, a classe feminina conquistou o direito ao voto em 24 de fevereiro de 1932. “Depois de 78 anos temos uma mulher no poder. Isso expressa essa evolução”, acredita. Ela elenca outros ‘sinais’ de avanço da humanidade, como a Bioética, a Constituição de 1988, a criação da Organização das Nações Unidas (ONU), o julgamento de crimes de guerra, entre tantos outros. “O mal ainda dá mais ibope, mas não podemos negar que o bem existe e está avançando”, frisa.
O próprio momento de conflito no Egito, conforme Tânia, é sinônimo de evolução. “Os dias atuais não comportam mais as ditaduras nem um novo holocausto. Guerras ainda vão existir. São necessárias. As divindades as usam para resolver uma série de questões, mas não podemos negar que existe uma evolução”, diz. Tânia reforça que esse processo de evolução espiritual é vagaroso, quase imperceptível aos olhos.
Cataclismas aceleram processo evolutivo

A ideia de um novo porvir parece distante diante de tantos desastres naturais. Para a secretária do Grupo Espírita Mensageiros da Paz, Tânia Caldeira, os fenômenos naturais são vistos justamente como grandes aceleradores do processo de evolução dos espíritos.

Em 2004, um tsunami vitimou mais de 200 mil pessoas na Indonésia, Sri Lanka, entre outras ilhas do Oceano Índico. No ano passado, no Haiti um terremoto também devastou o país. Na tragédia, 316 mil pessoas morreram. “Essas catástrofes permitem adiantar o processo de reencarnação. Eles retornaram como seres mais evoluídos”, crê.
OS NOVOS ESPÍRITOS
Conforme a doutrina espírita, esse processo de transição ocorre em virtude da leva de espíritos que começaram a encarnar na Terra a partir de 1970, como os “Provacionais”, trabalhadores da última hora descritos na parábola de Jesus. Na década seguinte, chegaram os “Índigos” - espíritos dotados de grande conhecimento intelectual e inato da espiritualidade, os quais carregam o desejo de mudança e modificação das estruturas que julgam ultrapassadas.
A partir de 1990, teriam encarnado os “Missionários”, também conhecidos como “Cristal”. Seriam espíritos extremamente superiores aos “Índigos”, dotados de grande caráter e livres de provação. A missão seria a de ensinar e dar o exemplo de nobres conceitos de vida nos mais diversos campos da existência humana.

Tânia alerta que esses espíritos possuem grande conhecimento, mas precisam de orientação, principalmente moral. “Com acesso aos meios de comunicação, percebemos que têm mais informação, porém, a presença dos pais é indispensável. Os deslizes dos nossos adolescentes, em sua maioria, são causados pela ausência dos pais na vida dos filhos”, pontua Tânia, que é voluntária há 20 anos na área de assistência social.

A secretária do Grupo Espírita Mensageiros da Paz, no entanto, prefere não se apegar a parâmetros humanos, como o tempo marcado pelo relógio para designar o início de cada fase. “As mudanças acontecem naturalmente”, assinala.
CLASSIFICAÇÃO DOS MUNDOS
De acordo com o Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, “há muitas moradas na casa do Pai”. No livro, os mundos são classificados da seguinte forma:
“Primitivos” - Destinados às primeiras encarnações humanas (Idade da Pedra);
“Provas e Expiações” (atual) - o mal ainda domina;
“Regeneração” (a partir de 2052) - o mal e o bem agem na mesma intensidade;
“Ditosos” - o bem é superior ao mal;
“Celestes” - o bem reina exclusivamente.


Só o amor transforma

Espírita há 38 anos, a aposentada Nice Gaspar, de 80 anos, de Apucarana, acredita que o fim da violência está se aproximando. “As encarnações só se realizam para aperfeiçoar o espírito. Nessas voltas, com provas e expiações, o mundo fica melhor”, confia.


O grande número de apreensões de drogas e prisões por crimes violentos e corrupção, conforme a aposentada, demonstram que o mundo está mudando. “Há mais pessoas fazendo o bem do que o mal. Este é um exemplo que a polícia está mais atenta, prendendo aqueles espíritos que ainda não conseguiram entender a sua missão”, avalia. A luta para o ‘império do bem’ é diária, segundo dona Nice.
De acordo com a octogenária, o melhoramento espiritual acontece através do amor. “O mundo está mais fraterno, porque só o amor tem esse poder de transformação”, sintetiza.

Texto publicado na revista UAU! do Jornal Tribuna do Norte em 06-02-2011

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Caracol luminoso

Fantásticas criaturas. Que caracóis brilhantes!


Cientistas do Instituto de Oceanografia da Universidade da Califórnia em San Diego (EUA) revelaram recentemente detalhes das luzes produzidas pela espécie de caracol marinho Hinea brasiliana, que geralmente se agrupa em litorais rochosos.

Os pesquisadores descobriram que esses animais, em vez de produzir um foco de luz, usam suas conchas para espalhar uma luz bioluminescente verde em todas as direções.


A luz parece ser uma forma de defesa, provavelmente usada para afastar predadores ao dar a ilusão de que o caracol tem um tamanho maior que suas dimensões reais, explicam os cientistas Dimitri Deheyn e Nerida Wilson na versão online do periódico Proceedings of the Royal Society B (Biological Sciences).


Em experimentos, Deheyn percebeu que a luz funciona como um “alarme”: acende quando o caracol se depara com algum possível predador, como um caranguejo ou camarão.


Os animais, coletados na costa da Austrália, surpreenderam os pesquisadores, já que sua concha opaca dava a impressão de que conteria a transmissão de luz. Em vez disso, quando o caracol produz a luminosidade verde em seu corpo, a concha age como um mecanismo para dispersar especificamente essa cor, segundo o instituto.


Para Deheyn, o poder de difusão de luz do Hinea brasiliana é excepcional, em comparação com outros materiais, e pode despertar o interesse das indústrias óticas e de bioengenharia.
“Nosso próximo foco é tentar entender o que faz com que sua concha tenha essa capacidade e o que pode ser útil para construir materiais com um desempenho ótico melhor”, disse o cientista.

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